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Artes

Não basta ser vó, o jeito foi criar looks para bonecas e fazer disso um negócio

Professora começou a produção graças à neta e viu o hobby se transformar em negócio

Por Aletheya Alves | 23/01/2024 09:56
Maria começou a produzir roupas para bonecas como forma de agradar a neta. (Foto: Natália Olliver)
Maria começou a produzir roupas para bonecas como forma de agradar a neta. (Foto: Natália Olliver)

Há dois anos, a neta de Maria Aparecida Fernandes Biazi pediu uma Barbie e, ao ver a boneca, a arte-educadora aposentada decidiu criar opções diferentes de roupas para deixar o brinquedo mais divertido. Desde então, o hobby para agradar a neta ganhou espaço e se tornou um pequeno negócio para a artesã.

Na época, Maria cuidava do sogro, que estava acamado, e também de seu pai. Ela conta que mesmo sem perceber, foi tomando a produção das roupas como uma espécie de terapia.

“Eu não saía dos consultório e comecei a crochetar também quando estava lá. Como sempre levava a boneca para tirar as medidas, as pessoas começaram a ficar mais curiosas”, explica a aposentada.

Com vizinhos e parentes também vendo os itens, ela comenta que pedidos para novas produções foram chegando. E, assim, o negócio começou a tomar mais forma.

Em seguida, como o próximo passo, a ideia foi de se inscrever em feiras de Dourados, cidade em que mora, para fazer as vendas.

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Na primeira, fui para respirar porque era cuidadora 24 horas. Meu sogro estava acamado e a gente tinha uma cuidadora, mas eu estava bastante sobrecarregada, diz Maria.

Para se inspirar, a estratégia de Maria foi começar a procurar ideias no Youtube. E, aos poucos, foi percebendo que poderia encontrar novos modelos enquanto andava pelas ruas.

“Vejo as pessoas na vida real mesmo e, às vezes, quando encontro coisas diferentes, tiro uma foto e reproduzo depois”, detalha a aposentada.

Voltando para esse período inicial, a professora reflete que a estratégia de mudar os ares realmente funcionou. “Foi também, na verdade, um grito de socorro até. Continuei nas feiras e não parei mais desde então”, diz.

Há cerca de 30 anos, ela e o marido já tinham trabalhado como feirantes, mas vendendo pinturas de gesso e cerâmica. Além disso, a professora lecionava em dois períodos, então não sobrava muito tempo.

Peças são, muitas vezes, inspiradas em roupas que Maria vê pelas ruas. (Foto: Natália Olliver)
Peças são, muitas vezes, inspiradas em roupas que Maria vê pelas ruas. (Foto: Natália Olliver)
Itens também são pensados para bonecas com tamanhos diferentes. (Foto: Natália Olliver)
Itens também são pensados para bonecas com tamanhos diferentes. (Foto: Natália Olliver)

Sobre o crochê, Maria explica que aprendeu quando tinha apenas 7 anos de idade, com sua avó. “Agora já quero ensinar minha neta, ela pega as agulhas, fica mexendo, então está pegando o gosto mesmo”.

Hoje, devido às dores causadas pela artrose, a artesã não aceita encomendas. Por isso, é necessário ir até as feiras em Dourados ou até a feira do Bosque da Paz em Campo Grande. Outra alternativa é entrar em contato através do perfil no Instagram @pequenaselindas.

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