Para Matheus e os amigos, kombi é símbolo de união e amor à música
Banda de Folk Pantaneiro surgiu na pandemia, após retorno do músico Douglas Dakombi para Campo Grande
Por Idaicy Solano | 30/06/2024 07:30
Quarteto foi formado na pandemia, e utiliza kombi como simbolo de união e amor à música (Foto: Arquivo Pessoal)
Com pegada rústica, elementos que misturam o gênero folk e um toque de música regional, surgiu na pandemia a banda chamada USKARADAKOMBI. Formado por quatro amigos unidos por uma kombi e um sonho, eles se apresentam pelo Estado a bordo do veículo versátil e charmoso.
A banda é formada por Flavio Ottoni da Gama, 47, baterista e vocalista, Alexandre Ribeiro Ourives, 43, baixista e vocalista, Douglas Pereira Rodrigues, 39, violonista e vocalista e Matheus Henrique Pereira Córdoba Ortiz, 24, violinista/bandolinista e vocalista.
A ideia do nome surgiu em uma viagem, no início da formação da banda. Na época, o grupo não tinha um nome fixo, então precisaram criar uma marca de caráter Folk/Rústico, que fosse conceitual e original. “Aproveitamos uma conexão antiga que possuímos com a música e associamos ela a um símbolo que representa a ideia de ‘união e resiliência por meio da música’ mediante um amuleto externo, que é a Kombi”, explica Matheus.
Além do charme inigualável da kombi, o veículo ainda acaba sendo bastante útil aos membros da banda, pois auxilia com o transporte e resguardo dos equipamentos. Por enquanto, a kombi é utilizada apenas como um símbolo pela banda, e ainda não é possível arcar com o custo de rodar com ela em todos os locais onde se apresentam, mas sempre que possível, Matheus e o grupo levam o veículo aos locais de apresentação.
Repleto de simbologias e conceitos, o violonista comenta que uma das filosofias que move a banda é a constante busca do homem para melhorar a si mesmo e a sociedade em geral. Dessa forma, os primeiros lançamentos deles, oficialmente como um quarteto, surgiram a partir do ‘refinamento’ de antigas composições do Douglas.
Alguns dos títulos foram “Acreditar em nós”, “Herdeiro da Paz”, “Seu Melhor”, a “Boa Sorte”) “Também produzimos novas composições com ideologias nobres ao passo em que estamos em constante evolução também”.
A banda toca no estilo“Folk Pantaneiro”, uma mistura de Almir Sater com Bob Dylan, Renato Teixeira com Mumford & Sons, com influências no Country, Sertanejo Raíz e na música Celta folclórica, conforme explica Matheus.
“A nossa ideia é ser um mix da identidade campestre nacional e internacional e tudo o que pode ser extraído da beleza da nobreza minimalista do campo, afinal, é de onde nós todos somos originados: Big Field, dark city! ou melhor ainda: Campo Grande, cidade morena”, pontua o artista.
A banda já se apresentou em Bonito, no Festival da Cerveja e da Carne, Ponta Porã. no Festival Fronteira Criativa, Rio Brilhante, Aquidauana e Jateí. Recentemente, eles também tiveram a oportunidade de levar a música para fora do estado, em apresentações nas cidades de Chapadão do Céu e Mineiros, em Goiás. Ainda este ano, a banda está com datas marcadas para tocar no Estado do Paraná.
Ao Lado B, Matheus conta que o grupo se formou quando seu primo, Douglas, conhecido no cenário musical regional como ‘Douglas Dakombi’, retornou para Campo Grande após a pandemia. Todos os membros do grupo já haviam se conhecido em algum momento da vida, mas foi apenas após este reencontro em cenário pandêmico que decidiram unir forças e formar um grupo.
Flávio e Alexandre se conhecem desde 1997, de outros encontros entre músicos na cidade. Douglas conheceu Flávio em 2007, em um show da banda Clandestino, conhecida hoje como Muchileiros. Matheus trabalhava com marketing e tocava violino em cerimônias, quando foi convidado pelo primo para tocar em algumas gigs noturnas na cidade.
“Quando nos demos conta, tornamo-nos uma fraternidade. Com a Kombi, sendo vista como uma alegoria sobre ‘ponto de encontro de 4 elementos únicos’ e símbolo da resiliência diante o caos, forma-se a banda USKARADAKOMBI”, finaliza.
Banda se apresentou em várias cidades de MS, e tem agenda marcada fora do Estado (Foto: Arquivo Pessoal)
