Registrando nus ao pôr do sol, fotógrafo faz ensaios cheios de sensibilidade
Usando botas de aventureira, no alto de um Lada Niva e nua. O retrato de uma liberdade única foi feita pelo fotógrafo campo-grandense André Patroni, 26 anos. Jornalista e apaixonado pelo pôr do sol de Mato Grosso do Sul, ele decidiu iniciar uma série de fotografias e compartilhar as experiências no projeto Sunset Nude, no Tumblr.
“Faz tempo que eu acompanho alguns fotógrafos na internet e no Instagram que fazem nus. Pensava em fazer um projeto já, comecei a realizar alguns ensaios como testes e postei no Instagram. As modelos são meninas que eu conheço, fizemos para ver como iria ficar, como poderia ficar mais interessante”, explica André.
A repercussão surgiu rápido. “Foi o que mais me chamou a atenção. Tem gente que acha lindo, como também tem gente que não consegue dissociar o nu de outro sentido. Não vê como algo artístico”, reforça. A opção de postar no Instagram primeiro foi proposital. “De certa forma é mais reservado, apesar de meu perfil ser aberto. No Facebook espalha muito. Como não é algo que eu faço há muito tempo, ainda estou aprendendo, preferi começar devagar, sentir as pessoas”, acredita.
Nos primeiros ensaios, André priorizou dois momentos, o primeiro em um ambiente cotidiano, como se fosse mero espectador de uma realidade. No outro caso, a natureza aparece como uma extensão humana. Como uma das modelos é maquiadora, o olhar mais próximo de um animal exótico chama a atenção e cria uma atmosfera única.
Agora, no Sunset Nude, o fotógrafo uniu o por do sol belíssimo de Mato Grosso do Sul com a beleza natural das meninas. O carro usado na fotografia emblemática é inclusive do pai da jovem que serviu de modelo. “Esse carro é guerreiro demais. A gente subiu o morro nele, foi uma experiêcia muito doida. Inclusive ela que foi pilotando magistralmente”, brinca.
Sobre o projeto, André diz que apenas juntou belezas. “O nu e as cores do pôr do sol. O universo da fotografia é bem vasto. Você pode seguir o fotojornalismo ou o lado artístico, como o nu que estou fazendo. Eu dirijo as modelo, como elas tem que estar, é uma questão de criação, em que elas também participam e o nu ainda é muito delicado”, frisa.
André ressalta que o trabalho não é como um aniversário ou um ensaio convencional em que as pessoas estão confortáveis naturalmente. “É um trabalho diferenciado, tem que estar mais nítido o respeito, a distância e o profissionalismo. A pessoa tem que se sentir a vontade, as meninas que participaram não são modelos, não estão acostumadas e nunca trabalharam com o nu. Quis criar um ambiente bem confortável”, ressalta. O resultado é um ensaio cheio de sensibilidade.
O fotógrafo ainda está aberto para novos ensaios, quem quiser pode entrar em contato pelo perfil no Instagram @andrepatroni