Rodar filmes de terror regionais é trabalho sério de casal de professores
Só quem ama filmes de terror sabe explicar o fascínio pelo medo a cada cena de suspense. O mesmo acontece com o casal de professores Larissa Anzoategui e Ramiro Giroldo, da Astaroth Produções, que sempre foram fascinados pelos filmes de terror oitentistas, com monstros e criaturas fantásticas. O Lado B já falou de algumas empreitadas dos dois em produções por aqui, mas hoje conta a história desse romance.
Os planos de começar uma produção de longas e curtas do gênero aconteceu há 6 anos, quando os dois ainda moravam em São Paulo e, junto de Pedro Rosa, amigo e parte da equipe da Astaroth, frequentavam os corredores de festivais de filmes fantásticos por lá.
"Era uma das coisas que nos unia. O terror é nosso gênero preferido. Os três cresceram devorando as produções dos anos 80, tanto as grandes produções, quanto e talvez principalmente os filmes feitos para o mercado das vídeo locadoras", explica Larissa.
Com um longa-metragem finalizado e cinco curtas: Astaroth, Red Hookers, Nata Vade Retro, Limerence, A janela da Outra e Fatal, o casal trabalha sério em cima das produções e contrata maquiadores especialistas no negócio, como Pamira Nogueira, e um profissional de som é sempre incluso para fazer a captação.
"Todos nós corremos atrás da produção e vamos acumulando outras funções: eu dirijo, o Ramiro escreve os roteiros, o Pedro cuida da direção de fotografia. Todos fazemos edição", pontuam.
Focada nos trabalhos, a produtora é pequena e a maioria dos trabalhos contratados têm alguma relação com o estilo, sem ser obrigatoriamente algo de terror.
Com histórias bem urbanas, Larissa explica que os filmes não são do gênero trash. "O pessoal confunde filme de terror com filme trash e trash é um estilo que pode ser aplicado a vários gêneros. Não é porque é um filme de baixo orçamento que vai ser automaticamente trash. Não tenho nada contra este estilo, inclusive dediquei meu TCC da faculdade a ele, foi quando produzi meu primeiro experimento audiovisual". Dos seis filmes, apenas o "Natal, Vade Retro!" pode ser enquadrado no estilo "trash".
Os filmes já foram exibidos na América Latina e nos Estados Unidos, em países como México, Chile, Uruguai, Canadá, Estados Unidos e Peru, além de em alguns estados brasileiros como Rio Grande do Sul, Bahia, São Paulo, Goiás, Roraima.
A produtora tem algumas gravações que estão em fase de pós produção e devem ser lançados logo logo, com cenas gravadas no final do ano passado e uma equipe que passou 15 dias na casa do casal para gravar um longa e quatro curtas. "Em 2018 gravamos outro longa, este têm um estilo diferente das nossas outras produções com uma influência do ultrarromantismo de Álvares de Azevedo", finalizam.
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