Rodrigo usa neurociência para fazer seus desenhos hiper-realistas
Rodrigo prova com seus desenhos hiper-realistas que a neurociência pode ajudar e muito no processo criativo
A arte é tida muitas vezes como um dom complemente natural, quase um presente divino a quem a pratica de forma relativamente agradável. Não que um certo componente de aptidão não exista, mas muitas pessoas desprezam a influência do estudo e até da ciência na produção artística de qualidade.
O artista e professor de desenho Rodrigo de Albuquerque, de 26 anos, prova com seus desenhos hiper-realistas que a ciência, mais especificamente a neurociência, pode ajudar e muito no processo criativo de um desenho.
“Eu desenhava de uma forma não muito convencional, de ponta cabeça. Quando terminava eu virava a folha e percebia que o desenho já estava bem próximo da referência. Aos 17 anos fui identificado com altas habilidades e superdotação nas áreas artísticas e comecei a frequentar o NAS, Núcleo de Habilidades e Superdotação do Estado. E lá eu pude desenvolver mais essas habilidades até entrar pra faculdade e me formar em Artes Visuais. Hoje estou me especializado em neurociência e comportamento”.
Isso mesmo, Rodrigo está se especializando em “neurociência e comportamento”, uma pós-graduação digna de um estudante de Psicologia, mas que que o artista canaliza para o processo de criação de seus desenhos e dos alunos.
“A neurociência me ajuda a entender uma parte do processo artístico muito importante, que é a percepção. Todo trabalho artístico e criativo parte muito antes num processo perceptivo, então eu trabalho com aulas pra quem está iniciando o processo do desenho ou profissionais que já utilizam o desenho como base para sua profissão. Por exemplo, tatuador, arquiteto, pigmentador e até artista”.
Rodrigo dá um exemplo: “Muitas pessoas me procuram e dizem que não sabem desenhar, que só sabem fazer uma "pessoazinha" de palito. Mas se a gente parar pra pensar aquilo dali já é um desenho, é uma representação de uma pessoa, só que muito simplificada. Nosso cérebro percebe que não vamos reproduzir fielmente como tem que ser, então ele simplifica através dos palitinhos”,
O artista usa todo esse conjunto de técnicas refinadas para um estilo hiper-realista de desenho. “Quando a pessoa quer fazer aquilo em alto nível, o meu trabalho é ensinar técnicas que vão ajudar a desconstruir aquela simplificação para que ela consiga fazer com que o desenho dela fique mais real e consiga perceber aquela imagem de forma mais real. Então eu treino justamente esse olhar”.
Para seus trabalhos Rodrigo costuma usar grafite, giz pastel, tinta acrílica, aquarela, tinta óleo, além de ultimamente ter se aventurado em umas esculturas, acreditem, na ponta do lápis.
Para acompanhar mais do trabalho de Rodrigo é possível encontrá-lo no Instagram.
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