Viagem encorajou grupo a mudar de vida e se transformar como Tribo de Aruanda
Nos quintais de eventos artísticos em Campo Grande, o fogo e o equilíbrio de um grupo de amigos ganham por completo o olhar do público enquanto atividades comuns acontecem ao redor. Com maquiagem bem trabalhada, movimentos intensos e acrobacias, o Tribo Aruanda Performances é o grupo que traz à rotina uma mistura de magia circense e arte de rua.
Sua performance encanta por diversos motivos, a criatividade, maneira como interage com o público e transforma o clima do evento, e por ter nascido há pouco tempo mas já carregar a vontade desejo de compartilhar a arte com todos. Isso por que o Tribo de Aruanda além de se apresentar por aí, vem ensinando como fazer o malabares que transformou a vida do grupo.
O grupo nasceu há três anos, inicialmente, com três pessoas, conta Ana Flávia Melo que faz malabares e, eventualmente, cospe fogo em suas apresentações. Uma viagem inspirou ela e dois amigos a transformarem a rotina através da arte, que até pouco fazia parte da vida.
"Todos tínhamos empregos comuns, até que em uma das viagens para curtir música eletrônica conhecemos a arte de rua que nos encantou. Foi na Bahia, uma das intervenções que deixou a gente apaixonado, de tão linda e emocionante".
Hoje o grupo é formado por quatro pessoas que se apresentam sempre, entre eles, além de Ana está Vitor Marques com seu talento no malabares com bastão e leques de fogo, Yasmin Froes no bambolê e performances com bandeiras e o Dionísio, que une capoeira e maculelê à arte do grupo.
"Nosso princípio vem da arte de rua, com o malabares. Mas como a gente sempre foi muito ligado à musica eletrônica e os amigos sempre frequentavam as festas, a gente começou com esse propósito de fazer intervenções em eventos. Mas a intervenção se fundiu com a música e a partir daí a gente se encorajou a mudar de vida e viver da arte de rua".
Mas o processo de criação da tribo exigiu paciência, disciplina e treino. "Não é fácil, porque a gente trabalha muito com o equilíbrio e a única forma de aprender é praticando. Foi assim durante meses até uma apresentação perfeita, mesmo assim, nos encontramos uma vez por semana para treinar e criar apresentações diferentes, tem que ficar muito tempo", detalha Ana.
A temática de cada festa também faz o público se surpreender com o figurino do grupo que vai do estilo tropical ao místico. "Tem evento mais descontraído e outros que pedem um figurino mais trabalhado, então investimos forte na maquiagem".
No meio do caminho o desejo de ensinar também cresceu no coração dos amigos que agora realiza workshop de circo pela cidade. Na programação do grupo, dia 30 de juno haverá aula com técnicas dos malabares em um clima divertido e lúdico. O trabalho será voltado para explorar a movimentação corporal com bambolê e swing poi (com movimento com as bandeiras) para todos sentirem o prazer da performance.
Profissionalmente o grupo já passou por cidades de Mato Grosso, Goiás e Amazonas. Para saber mais sobre apresentações e workshop, basta entrar em contato com o Tribo de Aruanda Perfomances pelo Facebook.