Após mochilar pelo resto do Brasil é que Pedro ‘mergulhou’ em MS
Ele conta sobre como voluntariado o tem levado até pantaneiros, ribeirinhos, assentados e indígenas
Tendo crescido em Bonito, Pedro Braga Ribeiro conhecia bem seu “quintal”, mas acabou viajando pelo restante do Brasil antes de ter a oportunidade de se aprofundar em Mato Grosso do Sul. E, para conseguir entrar no caminho de imergir, o voluntariado veio como uma rota possível para se encantar e conhecer as culturas que dão vida ao Estado.
Há um ano, quando comprou sua primeira câmera profissional, Pedro passou a se entender como fotógrafo. Antes disso, já se relacionava com as imagens graças ao celular e costumava ouvir sobre sua visão para o registro dos momentos.
Hoje, é graças à fotografia que o bonitense conseguiu e consegue se encantar pelos cantos de Mato Grosso do Sul. Contando melhor sobre sua história e a relação com voluntariado, Pedro explica que conheceu o Instituto Ipedi (Instituto de Pesquisa e Diversidade Intercultural) e a Bruaca, ambos sob responsabilidade de Denise Silva, através de um projeto chamado Cata Guavira, em Bonito.
Desde então, ele passou a conversar sobre projetos pelo Rio Miranda e alguns encontros aconteceram antes mesmo da câmera profissional chegar. “Eu me encontrei e estou completamente apaixonado. A fotografia para o Ipedi é uma fotografia do momento porque registra o que eles fazem em campo com as comunidades indígenas, ribeirinhas e de assentados”.
É justamente esse registro do “agora” que Pedro sempre gostou de fazer. “Gosto da fotografia do lugar, do que está acontecendo, a fotografia espontânea”.
No caso do Ipedi e da Bruaca, os atendimentos envolvem comunidades tradicionais de Mato Grosso do Sul. Pedro, por sua vez, acompanha as equipes em eventos e ações para registrar esses momentos, assim como esses povos.
“É necessário ter um olhar delicado, de cuidado, de atenção e principalmente de respeito dentro das comunidades. Eu capturo o agora, as crianças brincando, as mulheres na cozinha e é interessante porque eles têm vergonha da câmera, então o espontâneo é ainda melhor”.
Exemplificando, o fotógrafo direciona o olhar para as crianças correndo, as folhas caindo e a fumaça subindo a partir do fogão a lenha enquanto é instigado pelas rotinas. “Tenho aprendido muito e capturado a essência da minha terra porque apesar de eu não ser do Pantanal, sou de Bonito, estamos a três horinhas do Pantanal”.
Confira a galeria de imagens:
Entre os destaques, ele cita que aprender sobre a cultura sul-mato-grossense com os pantaneiros, ribeirinhos, assentados e povos indígenas significa se envolver com os registros de ancestralidade.
“Cada registro desses vai ficar para sempre e cada clique de momentos específicos vai fazer com que aquilo continue existindo. A fotografia é a emoção, o agora e o para sempre. É uma união entre passado, presente e futuro”.
E, pensando de forma geral, ele completa destacando sobre como a fotografia através do voluntariado tem sido seu caminho para semear amizades e conseguir acolhimento para conhecer quem faz o Estado viver. “Está me levando para um universo muito além porque nem tudo é sobre dinheiro e ver como as pessoas estão abrindo esses caminhos para mim é uma felicidade”.
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