Carro de caixeiro viajante, sucesso na década 1960, ganhou super restauração
Muita gente já viu esse carro parado no Centro de Campo Grande
O carro antigo, agora restaurado, é um velho conhecido de quem passa pela Rua Joaquim Murtinho e já observou na garagem, quase na esquina com a Rui Barbosa, o Ford Fairlane empoeirado e com jeito acabado por conta do tempo.
O modelo antigo foi comprado em 1968, por Antônio Nassar. Libanês que chegou ao Brasil com a família, ainda na infância, ele foi o segundo e único proprietário do carro que nunca deixou de funcionar, até o momento de sua partida.
Hoje, a relíquia está nas mãos do neto, André Nassar Nobre, que recuperou a herança deixada na família.
O avô era um caixeiro viajante conhecido na cidade, também pelo veículo chamativo na época. "É um carro que traz ótimas lembranças à toda família, principalmente, aos filhos, que eram levados pra baixo e pra cima nesta linda relíquia", diz.
Mesmo gostando de carros, Antônio nunca teve a intenção de trocá-lo por um modelo recente. Chegou a ter um Maverik amarelo, mas o Fairlane parecia amor incondicional.
"Ele vendeu o Maverik posteriormente, mas nunca abriu mão do Ford. Nele fazia tudo e, quando precisava, era ele quem desmontava, trocava peças e pintava dentro de casa", recorda o neto.
Quando seu Antônio partiu, em 2003, o carro foi entregue a uma das filhas que o entregou a André dois anos depois. Com o novo dono longe do Estado, por conta do trabalho, o carro permaneceu durante anos dentro de casa sem uso, até que ano passado, André resolveu levar a herança para a oficina.
"Digo que ele ficou internado por 1 ano numa empresa especializada. Porque a minha intenção é ficar com ele até chegar o momento de presentear o meu filho Benjamim, que hoje está com 1 ano de idade".
Na reforma, o carro ganhou nova pintura, estofado e restauração da parte mecânica. Mas 95% das peças são originais.
Além dos planos para o filho, são o afeto e as lembranças do avô que fazem do veículo o xodó de André. "Tem um grande significado, meu avô passou muitas vezes para buscar eu e meus irmãos para passear nele", justifica.