Creche recordista em gêmeos tem 16 irmãos e é um ataque diário de fofura
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A coisa mais fofa do mundo e, no mínimo, "curiosa" da cidade. Oito irmãos gêmeos, no total: 16 crianças que têm as mesmas características um do outro. Dos 6 meses até 4 anos de idade, a creche que atende professores, funcionários e acadêmicos da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), tem 10% dos alunos gêmeos. A brincadeira que rola na instituição chega até a cogitar que a "culpa" é da água dos bebedouros. Reuni-los não foi uma tarefa fácil, mas conhecê-los de pertinho faz a gente querer levar um dos pequenos embora. Brincadeira, claro.
Dos oito gêmeos, três deles estavam doentinhos e faltaram aula e duas menininhas dormiam pesado no berçário quando o Lado B chegou. Os entrevistados mais novinhos são gêmeos idênticos: Davi e Paulo, de 2 anos de idade, que estão no maternal.
Lado a lado, quando a gente pergunta quem é o Paulo e quem é o Davi, os dois apontam um para o outro e em seguida, Davi - o da esquerda na foto - fala primeiro: 'eu sou o Aví' e o outro, 'o Pauo'. Pronto, eles não precisam falar mais nada. Olhinhos atentos para a movimentação na sala, Davi parece tão afetuoso que se a gente pede um abraço dos irmãos, ele corre e dá um beijo.
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E na sala de aula, as demais crianças conhecem um e outro. E respondem junto quando a gente pergunta. Por vezes, quando uma das professoras questionam de quem é o chinelo, os coleguinhas dizem "do Paulo" e entregam diretamente ao gêmeo certo.
Professora do maternal, Bruna de Barros Lima, de 32 anos, conta que se ela se confunde, os gêmeos a corrigem. O comportamento dos dois é distinto e se a agitação não deixa claro quem é o Paulo, as roupinhas fazem esse papel.
"A mãe coloca mais azul no Paulo e o Davi, de short verde", exemplifica. "Mas tem mais diferenças, o Paulo tem um rosto mais fino e mais cabelo. Só assim mesmo para a gente não se confundir", brinca.
No pátio, outros dois irmãos gêmeos são umas fofuras em pessoa. Matheus e Daniel, quando chamados pela coordenadora, vem na hora e ela precisa perguntar: Matheus? Para o garotinho afirmar que é ele sim.
"O que identifica você do seu irmão?", pergunta a coordenadora Ana Paula Zaikievicz. "Porque eu tenho uma pinta", fala Matheus enquanto aponta para o seu sinalzinho no rosto. "Eu tenho 4 anos", diz e Daniel, o irmão completa "eu também tenho 4 anos".
Entre Lorenzo e Benício a diferença é pequena, mas para Benício, está explícita. "Meu nome? Benício, tenho 4 anos. Meu irmão é o Lorenzo", se apresenta. Ao ser questionado se Lorenzo é seu irmão gêmeo, ele diz que sim.
"Ele é igualzinho você", pergunto. "Sim", responde o menininho. "E se vocês dois estiverem juntos, eu vou saber quem é quem?" questiono. "Claro que sim" e sai disparado a correr.
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Coordenadora da creche, Ana Paula explica que com o convívio, os funcionários vão identificando detalhes e personalidades entre os gêmeos. Mas se tem uma coisa que todos são muito semelhantes, é na cumplicidade.
"A gente tem que estimular para que eles interajam com outras crianças, porque a ligação entre eles é muito forte. É uma relação diferente dos demais irmãos. Ao mesmo tempo em que eles brigam, também se defendem", descreve.
Gêmeos, Pedro Paulo e Ana Clara são os filhos mais velhos da auxiliar de coordenação da creche, Franciele. No entanto, o casal que já tem 4 aninhos, também tem uma companhia dupla em casa. Valentina e Luisa que dormiam no berçário são gêmeas, de 9 meses.
"Em casa, todo mundo é gêmeo", resume. Aos 30 anos, Franciele Pavão Garcia teve os quatro bebês enquanto trabalhava e estudava na UCDB. "A gente até brinca: será que é a água? A maior concentração de gêmeos vêm do bloco B da universidade", contextualiza.
As duas gestações não vieram de tratamentos e pegou os pais de surpresa. "Da minha parte é bem distante o caso de gêmeos na família, meu marido quem tem uma prima que é. Mas os quatro foram de surpresa", narra.
Na hora de fazer o ultrassom das caçulas, ela perguntou ao médico se ele não estava confundindo nada. "Eu disse: 'doutor, tem certeza? Não é algum vídeo da outra gestação, não?'", recorda. Das meninas, ela optou por nomes que não fossem compostos.
"Já tinha muita criança para chamar em casa", brinca.
E para a creche, a instituição já tem outros seis gêmeos na fila de espera.
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