Exausta da rotina, família largou tudo para rodar o país de carro
Fábio, Silvane e o filho já conheceram 60 cidades e 10 estados, mas a meta é fazer roteiros internacionais
De saco cheio da rotina, o casal Fábio Rodrigues e Silvane Alves, de 45 anos, resolveu largar tudo e rodar o Brasil de carro. A bordo de um Meriva, eles querem explorar todos cantos do país e colecionar memórias junto com o filho de três anos, Fábio Júnior. O objetivo é conhecer todas as capitais. Até agora eles já estiveram em 60 cidades e 10 estados.
RESUMO
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De saco cheio da rotina, o casal Fábio Rodrigues e Silvane Alves, ambos de 45 anos, decidiu largar tudo e viajar pelo Brasil de carro com o filho de três anos, Fábio Júnior. A bordo de um Meriva, eles já visitaram 60 cidades em 10 estados, começando por Porto Alegre. Vivendo como nômades digitais, eles sobrevivem com o aluguel de imóveis em Ji-Paraná, Rondônia, e serviços de propaganda. Após passarem por Campo Grande, planejam seguir para Cuiabá e depois para o Nordeste, com o sonho de encerrar a jornada na Venezuela e, futuramente, adquirir um motorhome para viagens internacionais. A experiência, que inclui desafios como manter a higiene e segurança, será transformada em um livro.
Depois de rodar muito, chegaram a Campo Grande. Com carro estacionado no Centro da cidade, o casal compartilhou como é viver em um veículo popular não adaptado para viagens do tipo.
Os bancos da frente viram cama para o casal e o de trás é para o pequeno Fábio, que segundo eles adora as constantes mudanças na paisagem e a variedade das comidas. No porta-malas lotado, roupas, itens de cozinha e até uma bacia - usada para dar banho no filho quando não acham lugar - compõem a realidade de quem não liga para o conforto ou luxo. Ali a experiência fala mais alto.
O baiano, Fábio Rodrigues comenta que a família consegue sobreviver com o aluguel das casas que deixaram na cidade de Ji-Paraná, em Rondônia - local onde moravam - e com alguns serviços de propaganda oferecidos às lojas por onde passam. Os dois são jornalistas e postam vídeos na internet mostrando um pouco da rotina nos lugares.
“Minha esposa é do Paraná e foi criada em Rondônia. Eu nasci na Bahia e fui criado em Santos. Somos nômades digitais. Os inquilinos pagam por pix e também trabalhamos em sites do Rio Grande do Sul”.
A nova vida começou há 1 ano e 2 meses e o pontapé do roteiro foi na cidade de Porto Alegre. Durante os meses que estão na estrada já vivenciaram cenários diversos, do frio de Gramado ao calor do Rio de Janeiro, por exemplo.
Após a passagem rápida pela capital de Mato Grosso do Sul os dois seguirão rumo a Cuiabá, depois Porto Velho, Acre e todo o Nordeste. Eles querem encerar a jornada sob rodas na Venezuela, mas se engana quem acha que a aventura vai terminar aí. O sonho é comprar um motorhome e fazer roteiros internacionais.
“Já visitamos o Uruguai e a Argentina. É algo viver assim maravilhoso, conhecer culturas, colecionar memórias. comidas, costumes, ver lugares nós só víamos pela televisão”.
Após a volta pelo Brasil os dois pretendem fazer um livro sobre a experiência. “Foi daí que surgiu a ideia, sair da rotina, viver viajando”. Silvane comenta que toda o roteiro tem sido maravilhosa e que conhecer cidades e culturas é incrível.
“O bebê ele também gosta, quando a gente fica um pouquinho a mais ele pergunta se vamos embora para outra cidade porque ele quer viajar. Eu gostei muito de Campo Grande, mas uma cidade que marcou muito foi Gramado. parece que você está na Europa, era Natal e parecia que a gente via neve. Foi muito incrível”.
Fábio conta como eles mantêm a higiene básica, já que o carro é apenas um veículo repleto de coisas. Para tomar banho a família paga o day-use em academias, vai até igrejas ou conta com a ajuda da população local.
Já as refeições são feitas em restaurantes ou eles compram marmitas e comem no próprio carro. Para dormir o casal escolhe um ponto seguro na cidade onde estão. “A gente sempre fica perto da policia, pede permissão, perto de seguranças de lojas também. Uma vez tentaram assaltar a gente. Eu não tenho medo não”, conta.
Nem tudo são flores, Fábio lembra das vezes que pessoas estranharam a presença deles e chamaram a polícia ou quando alguém confundiu eles com moradores em situação de rua.
“Uma vez estávamos no mercado e falaram que iriam pagar nossa compra. Outra chegaram no carro e nos deram R$100 sem a gente pedir nada. A gente ficou sem jeito. Eu falei que não precisava, que tinha dinheiro para pagar”.
Antes do Meriva, a família já rodou o país em um Onix, C3, Cobalt e um Audi, segundo Fábio.
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