Para mostrar romantismo, vale até encomendar aliança com diamantes em ferradura
A paixão pela Medicina Veterinária é tanta, que o acadêmico Willian Vilordo de Oliveira, 23 anos, não conseguiu esquecer a futura profissão nem na hora do pedido de casamento. No último sábado (26), no restaurante Casa Colonial, em Campo Grande, o jovem, conhecido entre os amigos por “Chucrinho”, colocou na mão da amada, a auxiliar administrativa Michelly Luciano Gomes, de 30 anos, uma aliança de 9 milímetros, cravejada com 5 brilhantes e com uma ferradura na parte de cima. O design foi pensando por ele.
“Eu mandei fazer porque não tem em lugar nenhum. A ideia foi minha do início ao fim. Ferradura, na verdade, significa sorte, proteção e força”, contou, ao comentar que, com isso, conseguiu unir as duas paixões em uma só, o amor por Michelly e a admiração pela veterinária.
O momento, para namorada, agora noiva, foi especial. Primeiro porque ela não imaginava que Willian pudesse aparecer cantando e tocando “Adoro amar você”, de Daniel. Depois, nunca lhe passou pela cabeça que o acadêmico fosse se preocupar em fazer uma aliança tão “original”.
“Ele quase me matou do coração. Gostei muito porque foi ele quem teve a ideia e desenhou. Todo mundo está achando lindo, comentando que agora ficou bem a nossa cara de casal chucro mesmo”, disse. Apesar de “reivindicar” a originalidade do modelo para si, a inspiração de Willian não é inédita. Nas joalherias e entre os profissionais que fabricam alianças, os pedidos são os mais variados.
Extravagância - Ourives, Gustavo Moacir, de 30 anos, trabalha mais com os designs tradicionais, mas sempre aparece algum cliente para pedir algo que foge do comum. Aliança grossa, daquelas exageradas, é só um dos exemplos, mas isso é “discreto” perto do público que, nas palavras dele, adora ostentar.
“Já pediram cravejada de diamantes, com três tipos de ouro diferentes e até com uma pedra grande. O pessoal vê na internet e vem aqui pedir para fazer”, contou. O preço acompanha o tamanho do desejo ou da extravagância. Pode custar algo em torno de R$ 600,00, passar dos R$ 4 mil e ir até o infinito, completou.
Na mesma profissão, Denis Del Mondes, de 27 anos, confirma que, de fato, há pedidos bem diferentes. “Usam muito o nome cravejado de brilhantes na parte de cima ou escrito com ouro branco. Também já vi colocar corações partidos em cada lado. Acontece direto. Acho muito cafona”, comentou.
Mas gosto não se discute, afinal, que faz ganha por isso e, quem compra, quer o produto do jeito que pediu. Conselho, no entanto, é de graça: “Tem gente que vem fazer aliança hoje e volta aqui amanhã para revender”, garante. “Paixão é uma coisa, amor é outra”, filosofou.
