Docinhos veganos adoçam as festas de crianças que não podem beber leite
Tem muita criança que sofre com intolerância alimentar. É glúten, lactose, açúcar refinado... Dia de festinha então é um problema, a criança passa vontade por não poder comer as mesmas guloseimas que os amigos. Mas tem como garantir o doce, sem sacrificar a saúde.
É possível comer brigadeiro e beijinho na festa, por exemplo, mas na versão vegana, bem diferente dos tipos tradicionais, mas com o sabor de matar a vontade de quem não pode com os clássicos das festinhas de aniversário.
A “Doce Vegano” surgiu meio sem pretensão. Natalia Gemperli, de 31 anos, é empresária, formada em moda, vegetariana há 3 anos e meio e vegana há três meses. Sempre gostou de doce e de cozinhar suas versões veganas para a família.
“Eu sempre me interessei muito por alimentos naturais e também sempre gostei muito de doce. Quando morei fora, na Suíça e em Nova Iorque, tinham muitas opções veganas, mas aqui não. Então comecei a preparar”, conta.
Mas foi no aniversário da primeira sobrinha, que é alérgica à proteína do leite, que ela preparou os quitutes pela primeira vez. Os doces foram um sucesso e muita gente sugeriu que ela começasse a vender.
Decidiu então transformar o hobby em empresa. Mais do que isso, oferecer para outras pessoas um produto em falta no mercado. Em menos de três semanas de empresa, as encomendas não param e quem mais pede são as mamães de filhos com intolerância alimentar.
A maioria dos doces feitos por Natalia não vai ao fogo. Tanto as tortas, quanto os docinhos. A mistura para dar liga nas massas é feita geralmente de uma castanha, um fruta seca e cacau, no caso do brigadeiro, ou coco no caso do beijinho.
Para chegar aos resultados de hoje, muitos testes na cozinha foram feitos e colocados sob analise do paladar da família. A maioria surgiu na tentativa de adaptar receitas gringas aos ingredientes nacionais.
A empresária, e agora também cozinheira, morou muitos anos fora do Brasil, quando voltou para Campo Grande, em setembro abriu uma loja, um franquia de roupas infantis, mas foi na cozinha que encontrou uma atividade prazerosa.
Os produtos não são baratos, por conta dos preços dos ingredientes que geralmente são bem salgados. “Castanha e frutas secas não têm preços acessíveis, eu sempre busco alternativas para ingredientes que não baixem a qualidade mas também sejam mais em conta”, comenta.
Uma dezena de docinhos custa de R$ 20 a R$ 30, dependendo do que leva. Os produtos são preparados sob encomenda, de acordo com o que o cliente precisa. Tem mãe, por exemplo, que pede uma porção pequena para a semana em que a filha tem festinha na escola e não poderia acompanhar os colegas na comilança.
As tortas, com 25 centímetros de diâmetro, custam de R$ 100 a R$ 150. A de chocolate, a mais pedida, é feita de castanha de caju, cacau e alguma fruta seca, o recheio tem ganacha de chocolate com fruta. O docinho de açaí com banana também tem agradado.
Ela evita usar açúcar branco, alguns docinhos têm melado de cana. Apesar de calóricos, a gordura da castanha é considerada gordura boa e, em quantidade adequada, boa para o organismo.
Quem também ganha destaque é a barrinha de proteína feita de super alimentos: castanha do pará, nozes, sementes de girassol e abóbora, goji berry, uva passa, figo seco, tâmaras secas e cacau, com óleo de coco e melado de cana. Calória, mas saudável, cada barrinha custa R$ 10,00.
Os pedidos podem ser feitos pelo telefone: 67 9282-0668.