'Feira no Apê' faz condomínio virar point com comida, música e bingo
Ao invés de esperar pelo freguês, projeto leva feira até pontos residenciais de Campo Grande
É fato que as feiras já caíram no gosto do campo-grandense há algum tempo e atraem muita gente que quer fazer alguma comprinha ou curtir um momento com a família. Mas, e se, ao invés de ir até a feira, ela fosse até o freguês? Essa é a proposta do projeto "Feira no Apê", que transforma condomínios em point com comida, artesanato, música ao vivo e até massagem e bingo.
Na noite de quarta-feira, o projeto fez uma parada em um condomínio no Bairro São Jorge da Lagoa e provou que é possível transformar o quintal do prédio em rolê. Ao todo, 10 expositores participaram do evento.
Na edição mais recente, teve de tudo: panqueca de avestruz, churros, pastel e crepe, brechó, temperinhos, barraca de queijo, doces e ervas. A movimentação de moradores do residencial e também de vizinhos das redondezas mostrou que existe público para o novo formato.
A responsável pela organização, Natália Bassetto, conta que assumiu o projeto após o idealizador, Thiago Martins, se afastar. “Essa é a primeira edição que a gente está fazendo com a minha organização, em parceria com o síndico. A ideia é fazer duas vezes por mês aqui e expandir para outros bairros, como o Tarumã, onde já temos uma data marcada em maio”, explica.
Para ela, o projeto é uma via de mão dupla. “Levar a feira para os condomínios é uma forma de gerar oportunidade para quem vende e praticidade para quem consome”, afirma.
Na Feira do Apê, a diversidade de produtos chama atenção. Entre um pastel e um docinho, teve massagem para relaxar. O trio Kevin Rodrigues, Lygia Cardoso e Vera Lúcia Nascimento levou para o evento a modalidade “quick massage”: 15 minutinhos de alívio por R$ 40.
“A gente trabalha com bem-estar. Conseguimos proporcionar qualidade de vida, e as pessoas sempre gostam”, explica Kevin. E não é só a cadeira que faz o serviço. “Também vendemos escalda-pés, usamos pistola massageadora, tudo para ajudar no relaxamento”, completou Vera.
Marcelo Otávio também montou barraca com produtos da chácara que tem em Terenos. “A gente já tem 10 anos, e aqui é uma oportunidade para vender mais. É bom para todo mundo", avalia Marcelo, que oferece mel por R$ 50 (1,2 litro), queijo frescal por R$ 35 e doce de leite a R$ 25 o pote de 500 gramas.
Quem curtiu a ideia foi a moradora Roseneide Carlos, que aproveitou para curtir a feira com o marido. “Hoje não vou fazer janta, vou comer aqui. Pedi um pastel para começar, vou levar cocada e tempero para casa, e dei o golpe no marido pra comprar roupa também”, brincou. “Achei legal, porque, além de tudo, a gente confraterniza. Normalmente, em apartamento, é só ‘bom dia’ e ‘boa noite’. Aqui, não, dá pra se ver e conversar”, relata.
Recém-chegada no condomínio, Kemelly Stephany viu na feira uma recepção diferenciada. “Moro aqui há pouco mais de uma semana. Achei tudo muito legal, bastante comida diferente. Vou jantar por aqui”, contou.
Ao lado da amiga Beatriz Gasparini, que veio de Curitiba a passeio, o momento foi para aproveitar e explorar os sabores locais. “Nunca vi feira assim na frente de condomínio. Achei a ideia muito boa, mais acessível para as pessoas", finaliza.
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