Colônia Paraguaia resgata tradição dos grandes almoços e mantém "clima família”
Mais de uma tonelada de carne de porco frita no tacho, vinagrete, maionese, salada, mandioca, arroz branco, bebida, chamamé ao vivo e muita animação. O domingo (23), na Colônia Paraguaia, em Campo Grande, foi assim e contou com a presença de aproximadamente 2 mil pessoas. É a volta dos grandes almoços promovidos pela entidade que aproxima amigos, resgata e preserva a cultura que vem do outro lado da fronteira.
Pensando em oferecer uma opção àqueles que não se sentem à vontade nos bailões, por exemplo, o organizador, Marcos Alves Pereira, 42 anos, o Marcão do Gugu, como é conhecido, resolveu investir no evento, que mantém um ar mais família e, por isso, faz sucesso.
Ele ficou três anos parado, mas agora volta com a intenção de promover um almoço grandioso a cada 60 dias. “Já fiz o porco no tacho em Terenos e duas vezes aqui. O povo gosta bastante”, disse, ao citar, também, o “costelão”, o “boi no buraco” e, claro, os churrascos.
A entrada, na hora, custava R$ 30,00, mas o valor dava direito ao almoço, servido das 12h às 14h, e uma tarde inteira de animação, com muito arrasta-pé e música ao vivo. Na lista de atrações, grupos como Eco do Pantanal, Laço de Ouro e músicos como Alex e Ivan e Dino Rocha.
O salão ficou lotado de casais que, juntinhos, caíram na dança ao som da sanfona. Alguns foram a caráter, com chapéus, botas e adereços típicos da cultura Paraguai, enquanto outros apareceram mais despojados, mas nem por isso deixaram de curtir.
Debaixo das tendas, famílias inteiras aproveitaram o domingo. A microempresária Sheisi Alves, 47 anos, foi acompanhada do marido, genro, irma e a sobrinha de 7 meses. Pela primeira vez na colônia, a mulher, que não tem descendência Paraguaia, sentiu-se à vontade.
“Soube por uma amiga da faculdade. Achei bem organizada. Não tem bagunça. É bem família”, relatou.
A irmã dela, Shossimeri Schiave, 37 anos, também destacou a tranquilidade e disse que já considera o espaço um lugar de lazer. “Dá para se divertir e serve para todo mundo”, comentou.
A auxiliar administrativa Michele Ferreira, de 24 anos, concorda. “Estou adorando porque é um evento bem alegre”. A amiga, Giovana da Silva Gonsales, 26 anos, reforça o discurso e afirma que, para quem gosta de dançar, a atração é excelente.
Veterano nos eventos promovidos por Marcão, o pecuarista Valdivino Sandim, de 70 anos, considera os almoços uma tradição do lugar que, segundo ele, é o ponto encontro de amigos.
Na Colônia Paraguaia, diz ele, “O chamamé comanda e o tereré refresca”.
Serviço - A entidade fica na Rua Ana Luiza de Souza, 668, bairro Pioneiro, em Campo Grande.