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Diversão

Crianças conhecem “O Grito” e transformam obra em relevo de argila

Elas estiveram com a família no Sesc Cultura onde participaram do curso de modelagem e criaram a própria obra de arte

Alana Portela | 01/03/2020 07:12
Eduardo concentrado na modelagem do quadro "O Grito". (Foto: Hennrique Kawaminami)
Eduardo concentrado na modelagem do quadro "O Grito". (Foto: Hennrique Kawaminami)

De uma forma bem divertida, crianças descobriram o quadro “o Grito”, de Edvard Munch, e transformaram a obra em revelo de argila. Elas participaram da oficina de modelagem que ocorreu ontem no Sesc Cultura e com pincéis e muita massa, resolveram testar as habilidades de artistas. Foi preciso muita concentração e criatividade para fazer a brincadeira virar arte.

E quem estava bem animada era Alice de 4 anos, que sentou bem próximo do professor, Kaio Ratier que orientou os participantes sobre a produção. Com os dedinhos cheios de argila, ela sabia perfeitamente o que fazia. “Estou mexendo com argila. Tô gostando porque é legal mexer com a massinha”, diz.

Acompanhada do pai, o professor Márcio Sorgato, eles trabalharam em equipe para agilizar o processo de criação e fazer tudo dar certo no final. Ele já levou a filha para participar de outras oficinas do local e fala sobre a importância da aprendizagem. “É bom para ter o contato com a cultura e também é um momento pai e filha”.

Márcio Sorgato ao lado da filha, Alice que estava mexendo na argila. (Foto: Hennrique Kawaminami)
Márcio Sorgato ao lado da filha, Alice que estava mexendo na argila. (Foto: Hennrique Kawaminami)

A obra produzida Edvard Munch é conhecida no mundo inteiro. Famosa pelos traços e aparência de medo, o desenho mostra uma pessoa com a boca aberta e mãos no rosto, como se tivesse em pânico por ter visto algo ruim.

Kaio Ratier é artista visual e antes de começar a oficina explicou para os alunos que quadro era esse. Para sua surpresa, a galerinha já estava antenada e muitos sabiam que se tratava de “O Grito”. “90% conheciam. Passamos pelo processo de manuseio e abertura da argila, depois transferimos o desenho através de furo para a massa”, conta.

Para o professor, essa é uma oportunidade de ensinar os pequenos. “Tentamos trabalhar toda arte da cultura com as crianças, desde manual a contemporânea”, diz. A oficina para criançada acontece todo sábado e a partir da semana que vem, o curso será às 14h. A cada uma, é um aprendizado diferente.

Heitor mexendo com a argila enquanto o irmão, Eduardo estava concentrado no que estava fazendo junto com a mãe, Vanessa Felipe. (Foto: Hennrique Kawaminami)
Heitor mexendo com a argila enquanto o irmão, Eduardo estava concentrado no que estava fazendo junto com a mãe, Vanessa Felipe. (Foto: Hennrique Kawaminami)
Os gêmeos, Benício e Lorenzo mexendo com a argila ao lado da mãe, Vera Loio e do professor Kaio Ratier. (Foto: Hennrique Kawaminami)
Os gêmeos, Benício e Lorenzo mexendo com a argila ao lado da mãe, Vera Loio e do professor Kaio Ratier. (Foto: Hennrique Kawaminami)
O professor, Kaio Ratier mostrando uma modelagem quase pronta da oficina. (Foto: Hennrique Kawaminami)
O professor, Kaio Ratier mostrando uma modelagem quase pronta da oficina. (Foto: Hennrique Kawaminami)

Enquanto o professor dava entrevista para o Lado B, os aluninhos se concentravam em suas mesas para modelar a obra, assim como Eduardo de 6 anos e seu irmão, Heitor de 7. Sentados um ao lado do outro, eles estavam animados porque adoram desenhar e com pincéis nas mãos modelavam o seu “grito”.

“Tô gostando de fazer isso porque gosto de desenhar. Quando crescer quero ser artista e fotógrafo porque estou fazendo muitas fotos dos carrinhos Hot Wheels”, conta Eduardo. O irmão já adorou participar porque é o “melhor desenhista da sala”, afirma convicto.

Eles já conheciam a obra “O Grito”, tinham visto há algum tempo durante uma visita que fizeram a um museu. “Vou levar o meu pra casa e deixar nos fundos para não sujar. Mexer com argila é legal porque dá para fazer vários desenhos”, fala Heitor.

A mãe, Vanessa Felipe acompanhou os meninos nessa diversão e não escondia a felicidade ao vê-los tão dispostos e interagindo. “É um final de semana mãe e filhos, longe da tecnologia. É uma forma de incluir a cultura e tirar o digital, através do trabalho manual”.

Ela é veterinária e pesquisadora, soube da oficina através da internet e resolveu levar os meninos pela primeira vez. “Estava procurando atividade pós-Carnaval e encontramos essa com argila, a respeito do grito que os meninos têm fascínio por esse quadro”, completa.

Quem também levou os filhos para participar da oficina foi a radialista, Vera Loio. Com os gêmeos, Benício e Lorenzo de 7 anos, ela se divertiu com a família. “É uma oportunidade de estarmos juntos, de fazer algo só nós três. Isso ajuda no desenvolvimento deles, na coordenação motora e eles gostam porque não é algo que fazem sempre”.

Os pequenos estavam concentrados na atividade e a timidez não os deixou conversar com o Lado B. Mas o importante é que estavam se divertindo entre família e colegas. Para quem não pode participar, vale lembrar que na semana que vem, sempre aos sábados, tem mais oficinas para a criançada.

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Os participantes da oficina de modelagem na sala de aula. (Foto: Hennrique Kawaminami)
Os participantes da oficina de modelagem na sala de aula. (Foto: Hennrique Kawaminami)
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