De Campo Grande para a Copa, Franciane vibra como cinegrafista
Surpresa neste ano foi convite para cobrir Copa do Mundo de Futebol Feminino 2023
A Copa do Mundo de Futebol Feminino é um evento esportivo que atrai os olhares de todo o mundo e coloca em evidência talentos femininos não só no campo, mas também nos bastidores. Entre as mulheres que estão fazendo história como cinegrafistas nessa competição, destaca-se Franciane Dahm, repórter cinematográfica de 30 anos, moradora de Campo Grande.
Apesar de ter nascido no Paraná, Franciane chegou ainda criança a Campo Grande, cidade que a acolheu e se tornou o berço de sua trajetória profissional. Formada em Arquitetura e Urbanismo, sua paixão pelo teatro surgiu nos dois últimos anos de faculdade. Foi a partir dessa experiência que ela descobriu seu verdadeiro chamado: ser atriz. Em 2016, determinada a seguir esse novo sonho, Franciane decidiu partir para São Paulo, onde fez cursos e trabalhou em diversos cenários artísticos.
No entanto, a vida de atriz não ofereceu a independência e a oportunidade de viajar e conhecer o mundo que ela almejava. Nessa busca por sua realização pessoal e profissional, ela teve uma experiência reveladora ao contratar um videomaker para um projeto, o que despertou seu interesse pelo mundo audiovisual. Com o tempo, ela começou a produzir conteúdo com seu próprio celular e percebeu que esse campo poderia ser promissor para sua carreira.
A transição para a cinematografia não foi fácil, mas com coragem ela adquiriu equipamentos, incluindo uma câmera e tripé, e investiu em um curso de edição de vídeo. Inicialmente trabalhando como freelancer, Franciane não desistiu e eventualmente conquistou uma posição como editora. O início de 2020 foi marcado por uma nova virada em sua carreira, quando decidiu se aprofundar no universo audiovisual.
Porém, a pandemia trouxe desafios e crises, levando-a a considerar o retorno a Campo Grande. Determinada a encontrar uma oportunidade que lhe permitisse crescer profissionalmente, ela enviou seu currículo para diversas empresas até que um chamado da TV Globo mudou sua trajetória. "A emissora estava buscando ampliar a presença feminina em sua equipe de cinegrafistas e fui selecionada para um teste. Embora inicialmente com um contrato temporário de 9 meses, tive uma efetivação após apenas 4 meses", lembra.
Hoje, Franciane está em um momento especial de sua carreira, trabalhando como repórter cinematográfica na Copa do Mundo de Futebol Feminino. Ela sempre percebeu o tratamento diferenciado entre homens e mulheres na sociedade e no mercado de trabalho, e com sua jornada, ela encontrou uma força interna para enfrentar esses desafios.
Em suas palavras, "meu sonho era trabalhar em um lugar que me pagasse para viajar". Agora, está testemunhando a ascensão das mulheres nesse campo e comemora a conquista desse espaço tão merecido. "Hoje meu meu trabalho tem sido reconhecido e valorizado, com mulheres tomando esse espaço. Isso é muito incrível”, finaliza.
Agora, seu maior desejo é ver a Seleção Brasileira campeã.
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