De Humberto Espíndola a Falange da Rima, 5 são homenageados em festival
Estão entre os homenageados Indiana Marques, Falange da Rima, Laís Dória, Humberto Espíndola e Roberto Higa
Cinco personalidades culturais serão homenageadas no Campão Cultural 2022 e terão seu trabalho reconhecido por sua relevância sociocultural, pela tradição histórica, ação transformadora e valorização da memória e costumes do povo de Mato Grosso do Sul. Estão entre os homenageados estão a artesã Indiana Marques, o grupo de rap Falange da Rima, a atriz Laís Dória, o artista visual Humberto Espíndola e o fotógrafo Roberto Higa.
Lais Dória é atriz, artista social, professora, pesquisadora e diretora teatral. Há 26 anos dirige a Casa de Ensaio, que proporciona a adolescentes e jovens de Campo Grande o aprendizado da música, teatro e literatura. “Penso que uma homenagem, principalmente depois de décadas de trabalho, seja um modo de legar aos nossos artistas o devido reconhecimento, demonstrando aos que chegam à cena, que muitos lutaram para construção desse espaço. Meu trabalho me deu condições de compreender a importância de ações como esta, pois ajudam a consolidar nossa história não só como artistas, ou como uma instituição, mas como uma comunidade, responsável por oferecer aos sul-mato-grossenses um olhar sobre a sua própria cultura, sobre as bases da sua identidade”, afirma.
Representante do artesanato de Mato Grosso do Sul, Indiana Marques desenvolve um trabalho já reconhecido nacionalmente e premiado de arte popular, representando a cultura e história sul-mato-grossense há mais de 20 anos. Por meio de suas esculturas em cerâmica, ela retrata figuras regionais, principalmente da cultura indígena e negra, mostrando seus costumes e história,
Para a artesã Indiana Marques, “receber a homenagem do Campão Cultural, um movimento muito importante, muito bonito, é muito valoroso, pois quando você faz um trabalho, você quer que ele tenha importância, que ajude culturalmente a contar uma história, a mostrar a grandeza do seu povo”.
A homenagem ao Falange da Rima na música vem por meio da cultura de rua, já que os integrantes do grupo são ligados ao hip hop e foram se aproximando do universo do rap durante a trajetória da banda. O Falange da Rima surgiu oficialmente em 1998 em Campo Grande, mas seus integrantes já vinham participando da cena urbana da Capital desde o início dos anos 1990. A formação atual é composta por Flynt, John Geral, Mano Cley, que compõem e improvisam sobre o beat de DJ Magão. Eles são pioneiros do rap sul-mato-grossense, com letras que falam sobre a realidade das periferias, discutindo temas como o crime, a pobreza, preconceito social e racial, drogas e consciência política.
Com reconhecimento nacional e internacional, o artista visual Humberto Espíndola e o fotógrafo Roberto Higa completam a lista de homenageados.
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