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Diversão

De olho em quem consome mais, agência de Bonito investe em destinos para gays

"Gay Bonito" é recente e chegou como a 1ª agência de turismo "gay-friendly" da cidade mais turística de MS

Thailla Torres | 09/09/2018 08:08
Objetivo é movimentar o turismo e oferecer um serviço ainda melhor para um público que consome atrações turísticas. (Foto: Reprodução Instagram/Gay Bonito)
Objetivo é movimentar o turismo e oferecer um serviço ainda melhor para um público que consome atrações turísticas. (Foto: Reprodução Instagram/Gay Bonito)

Em Bonito, a 257 quilômetros de Campo Grande, uma agência de turismo resolveu oferecer um serviço diferente e com exclusividade ao público LGBT. Depois de muita pesquisa, o empresário Felipe Daniel agora divulga a empresa como a primeira agência de turismo “Gay-Friendly” da cidade.

Ele foi percebendo o crescimento desse tipo de mercado e as necessidades de um serviço que não “excluísse” ou constrangesse casais gays. “Sempre tive contato com o público LGBT, desde que morava em Barcelona, tenho um irmão gay, tenho grandes amigos gays e um dos públicos que percebemos que não tem nada específico em Bonito, é o LGBT”.

Não são atrações exclusivas, mas um atendimento sem preconceito e olhares, por exemplo, quando dois homens pedem uma cama de casal, ao invés de duas de solteiro na hora de fechar um pacote. 

Aventura na Cachoeira Buraco do Macaco, em Bodoquena, cidade vizinha de Bonito. (Foto: Reprodução Instagram/Gay Bonito)
Aventura na Cachoeira Buraco do Macaco, em Bodoquena, cidade vizinha de Bonito. (Foto: Reprodução Instagram/Gay Bonito)

"Aqui em Bonito, ainda existe muito preconceito em torno disso”, explica.

Na página da agência, os pacotes também são atrativos com destinos para um público aventureiro de dias ou apenas um fim de semana. Um pacote "Rapidinha", por exemplo, custa em média R$ 6 vezes de R$ 185,00 por pessoa com três dias e 2 noites em Bonito. Mas se a vontade for fazer aquele famoso "bate-volta", tem pacote por três parcelas de R$ 49,00 para ficar dois dias na cidade.

Dados também revelam o público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros) ocupa 10% do Turismo no Brasil e movimenta 15% do faturamento do setor durante o ano, de acordo com a OMT (Organização Mundial do Turismo). “Ou seja, é um mercado muito atual e isso nos leva a lutar por causas que vamos trazer para Bonito e contribuir com a comunidade”.

Esse timo de negócio também ganha forças com o potencial de consumo do LGBT, nos Estados Unidos, por exemplo, isso ganhou a expressão de “Pink Money” e tem inspirado empresas mundo a fora.

Há uma luta sobre a questão de pessoas serem diferenciadas socialmente, mas comercialmente, isso tem outra pegada. Somos uma agência que vai trabalhar para atender bem esse público. “Vamos oferecer funcionários LGBT, ter qualidade no serviço, afinal são viajantes com um perfil exigente, pois viajam mais e não tem filhos”, exemplifica. “Outra ideia é aliança com as empresas que realmente estão engajadas a darem um atendimento diferenciado, sem diferenciar essas pessoas”, acrescenta.

A resposta tem sido positiva, garante o empresário. “A resposta do público é bacana. O interessante é que eles identificam bastante quem deseja entrar no meio só para explorar ou quem quer fazer parte mesmo, mostrar que tem interesse numa ação social e trabalhar para melhorar esse setor”.

Informações pelo site do grupo. 

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