Em “aventura” pós-show, grupo espera deixar o Paraguai na noite desta quarta
Depois de retorno cancelado na noite de ontem por conta da greve geral no Paraguai, grupo de Campo Grande deve voltar ao Brasil nesta quarta-feira, às 21h30. A informação foi repassada por uma das empresas de ônibus de Assunção.
O Itamaraty não confirma essa possibilidade e considera mais provável que os brasileiros retornem apenas amanhã, já que a paralisação geral no País foi programada para durara apenas 24 horas.
A embaixada do Brasil em Assunção está fechada nesta quarta, também por causa das manifestações. Mas a orientação do Itamaraty é para que o grupo permaneça nos hotéis até que a greve termine.
“A cidade está tranquila. Praticamente não tem ônibus circulando. Na rodoviária há bastante policiamento, mas não me deixam entrar lá. Agorinha passou um ônibus cheio de manifestantes aqui na avenida em frente ao hotel, mas nada violento. O negócio é aguardar a liberação”, relata Laura Marcato.
No Consulado do Paraguai em Campo Grande, a leitura sobre a situaçãotambém é tranquila. “Essa greve é como tantas outras que já aconteceram no Paraguai, nesta mesma data. São protestos sem violência”, garante Angel Adrian Gill Lesme, cônsul geral em Mato Grosso do Sul.
Hoje, no entanto, o conselho é de que não adianta tentar sair do País de ônibus, carro ou avião. “Deve ser um dia inteiro de protestos, inclusive, com barreiras nas estradas”, diz
Mesmo assim, a turma de Campo Grande já se prepara para voltar. “Realmente vão liberar. No guichê (rodoviária) falaram para a gente remarcar para hoje, às 21h30. Mas está tudo bem”, comenta o jornalista João Humberto, que chegou ao Paraguai no dia 22 para assistir ao show da banda Metallica, junto com amigos.
Para quem está em Assunção, o telefone de plantão da Embaixada do Brasil é o 972198100.
Com a greve geral iniciada ontem, as escolas suspenderam as aulas e boa parte do comércio fechou as portas. Entidades que organizam as manifestações pedem reajuste do salário mínimo, a agilização da reforma agrária, ampliação de rodovias e a anulação da lei que estabelece a criação de parcerias público-privadas no país, considerada uma provatização velada.
