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Diversão

Empório Santo Antônio desiste de recorrer e cancela show de MC Pedrinho

Paula Maciulevicius | 02/04/2015 11:18
O funkeiro cumpre uma média de 30 shows por mês em todo País.
O funkeiro cumpre uma média de 30 shows por mês em todo País.

O Empório Santo Antônio cancelou o show desta sexta-feira, do MC Pedrinho. O menino que aos 12 anos canta funk "proibidão" tinha chegado a mudar o repertório para se apresentar aqui, mas os responsáveis pelo evento desistiram depois que a Promotoria se pronunciou pedindo a proibição do show e conseguiu liminar favorável, que impedia a apresentação do garoto.

Mesmo de férias, o promotor de Justiça Sérgio Fernando Harfouche, da 27ª Promotoria de Justiça abriu um procedimento disciplinar para impedir a realização do show, faltando quatro dias para o evento.

Ao Lado B, o responsável pelo evento e dono do Empório Santo Antônio, Jean Medina, conhecido como Paçoka, explicou que vai respeitar a decisão judicial e que não vai entrar com recurso. A multa, caso desrespeitasse a liminar, seria de um milhão de reais.

Ele também descreveu que na contratação de Pedrinho chegou a questionar o escritório de São Paulo que "vendeu" o artista e obteve a afirmação de que eles tinham uma liminar que garantia a apresentação.

"Perguntamos se ele tinha autorização para cantar e eles disseram que sim. Compramos o show normalmente, como se compra todos, mas infelizmente a empresa não tem esse documento. Decidimos então não mexer em nada e respeitar a decisão da Justiça", sustentou Paçoka. 

A documentação, em princípio, que a empresa disse que teria seria uma liminar dos pais de Pedrinho que permitia a apresentação do garoto acompanhado dos responsáveis. O funkeiro cumpre uma média de 30 shows por mês em todo País. 

"A gente vai devolver os valores e bola pra frente, até porque não queremos problema. Agora que já passei por isso, shows só com maiores de 18 anos", assegura Jean. Ele também deixa claro que esta foi a primeira vez que contratou um artista com menos de 18 anos. "Nunca tivemos problemas com a Justiça. Judicialmente, essa foi a primeira vez. Agora, no fechamento dos contratos, a produção deve encaminhar toda documentação do artista", estabeleceu. 

A venda de ingressos estava acontecendo no Gugu Lanches, na Avenida Afonso Pena. O promotor disse que não chegou nem a mexer nestes valores e já na parte da tarde, quem quiser a devolução pode ir até o local. "Só passar lá e pegar o dinheiro de volta, ou se quiser reutilizar no próximo show, também pode", diz.

O próximo evento será dia 30 de abril, véspera de feriado com o funkeiro Léo da Baixada. "Ele é maior de idade e canta o funk ostentação, não é proibidão. Fala de dinheiro, de luxo...", enfatiza Jean. 

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