Explosão do Sertanejo transforma nome de produtor sul-mato-grossense em grife
A avalanche do sertanejo universitário revelou não só nomes de músicos e compositores como uma gama de gente que está nos bastidores. Um dos nomes mais respeitados no meio artístico nacional hoje, tem 34 anos, é sul-mato-grossense e tem olhos puxados.
Ivan Miyazato já é grife, assina produções de CD e DVD de peso, principalmente na categoria sertaneja. Fora do Estado desde 2005, o último show que dirigiu em Campo Grande foi a gravação do segundo DVD de Munhoz e Mariano, realizada no início do mês de maio. A estrutura milionária foi a primeira usada em show sertanejo.
Cercado de assessores, ele conversou com o Lado B ainda com cabelos espalhados pela roupa. Sinal de quem havia acabado de sair do cabeleireiro. "Eu me considero dentro do celeiro que Mato Grosso do Sul é hoje, que lança também produtores", resume.
A primeira produção de show que levou sua assinatura foi em 2008, bem diferente de hoje. "Foi para o Marco Aurélio e Paulo Sérgio, não tinha 4 mil pessoas", relembra.
Quatro anos depois, Ivan Miyazato dirigiu o DVD de Gusttavo Lima, trabalho que destacou o cantor no cenário nacional e internacional.
Depois disso até o DVD de 40 anos de carreira de Chitãozinho e Xororó, Luan Santana, Fernando e Sorocaba, João Neto e Frederico, Maria Cecília e Rodolfo, Fred e Gustavo, Gusttavo Lima e Munhoz e Mariano, são assinados por ele.
A carreira é mais do que consolidada no meio sertanejo. Ele produz, dirige e participa. Mas antes de tudo é músico.
Começou a dar os primeiros passos ainda em bailes no Estado, aos 15 anos. Tocou com o Tradição e da parceria com os irmãos Michel e Téofilo, montou o miniestúdio MIT (iniciais de Michel, Ivan e Teófilo).
A vontade aliada a sacada de perceber as novidades no mercado fonográfico levou ele da gravadora Pantannal à produtora que leva seu nome, já no Estado de São Paulo.
No tempo de transição gravou músicas como instrumentista com Rio Negro e Solimões, Rick e Renner, Chitãozinho e Xororó, Daniel, Bruno e Marrone e Milionário e José Rico.
"Eu me sinto também levando o nome de Mato Grosso do Sul", completa.