Festa de Santo Antônio começa devagar em endereço novo e sem fogueira
A 14ª Festa de Santo Antônio começou fraca na noite de sexta-feira, mas o público gostou, a maioria diz ter ficado mais a vontade com a tradição de volta ao Parque de Exposições Laucídio Coelho. No primeiro dia, as pessoas sentiram falta da quadrilha e a ausência da fogueira que é era queimada todos os anos, mas desde 2014 desapareceu da festa.
Como forma de diminuir as despesas com estrutura, neste ano o espaço foi cedido pela Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul). Uma das características preservadas é a variedade gastronômica no local.
Em cada barraca, uma comida típica diferente. Tem pastel, carreteiro, cachorro-quente, comida árabe, doces, salgados, milho verde e uma variedade em caldos. Alguns pratos se destacam pelo aroma que é possível sentir de longe.
É o caso do acarajé da Baiana Zezé, que trouxe pela primeira vez o prato que é tradição na família. Filha de baiano, vestida a caráter e toda sorridente, ela prepara a massa do acarajé na hora. "Aqui você pode perguntar o que é que a baiana tem", brinca. O bolinho, a base de feijão, é frito no Azeite de Dendê, recheado com vatapá, carurú da Bahia, salada típica e camarão. Cada acarajé custa R$ 10,00.
Em outras barracas, pelo mesmo preço, é possível encontrar acarajé com recheio de frango e vatapá de camarão.
O Arroz Pantaneiro também agradou paladares. Feito com carne de sol, calabresa, banana da terra, cheiro verde e castanha de caju, é saboroso e serve muito bem. O prato sai por R$ 8,00.
Em outro espaço é o cheiro do Sarravulho que chama atenção. O prato típico corumbaense é delicioso e surpreende pelo sabor, com mistura de carnes. Feito com fígado, coração e rim, ao molho de vinho tinto o caldo ideal para os dias frios, por R$ 8,00 o copo de 350 ml.
Para quem gosta de doces, não falta variedade. Tem fondue, cocada, maçã do amor, bolos, pudim, arroz doce, canjica, curau e chocolates.
Sem quadrilha, além das comidas, é possível aproveitar um pouco do parque de diversões, feira de artesanatos e até comércios de brechó. Com roupas usadas de R$ 5,00 a R$ 10,00, a festa tem figurinos para homens e mulheres.
Além de venda de objetos de decoração, bijuterias, trabalhos em MDF, há uma exposição de fotografia com registros do Arca (Arquivo Histórico de Campo Grande).
Após tantos anos sendo realizada na Praça do Papa, no bairro Santo Amaro, o público aprovou a realização do evento no local antigo. Para muitos, a festa tímida foi em decorrência da falta de divulgação. O lado bom foi a tranquilidade.
Luciana Almeida, de 31 anos, e o marido Adão Corrêa, de 52, aproveitaram para se divertir ao lado da filha que sorria brincando com estalinhos. "Adoramos as comidas e o ambiente ficou muito mais familiar, pena que está um pouco frio" comenta.
Direto de Camapuã, Airan Martins Pereira, de 39 anos, veio com toda família para competição de laço. Ao lado da esposa, filhos, sobrinhos e irmãos, todos aproveitavam o carreteiro pantaneiro. "Viemos para ficar até dia 13", comenta com simplicidade.
A festa segue até a próxima segunda-feira, com apresentações musicais, diversão, comidas e exposição.
Neste sábado (11) haverá quadrilha e show da dupla Patricia e Adriana. No domingo (12) as atrações é Hugo e Raul, Grupo Batidão e Forró Zen.
Na segunda-feira (13), além da procissão de Santo Antônio, também haverá show de encerramento com Fred e Vitor e Eco do Pantanal. A entrada é gratuita!