Muita gente deixou de viajar para conhecer o Carnaval este ano em Campo Grande
Tem super herói, princesa, fada e palhaço. Tem gente de 0 até 90 anos. Carnaval de rua é democrático, para todo mundo, para quem veste a fantasia e cai no samba e para quem gosta de reunir os amigos e tomar uma cerveja. Os blocos de rua estão ai para gritar bem alto que "Campo Grande agora tem Carnaval sim!" E dos mais animados.
Quem nunca tinha aparecido, se surpreendeu com o agido do Cordão Valu, que desfilou no sábado. O casal Fernando (29) e Fernanda Lomba (24), a convite de uns amigos, montou a “Liga da Justiça” e foi festar, “Eu achei que fosse chato, porque é banda na rua, mas é muito animado! Me remeteu à infância, aos carnavais de clube! Valeu muito a pena ficar aqui”, comenta.
O casal paranaense mora em Campo Grande há dois anos. Em 2014 eles viajaram, mas esse ano resolveram curtir por aqui, e nada de arrependimento pela decisão. “É a minha primeira experiência de Carnaval de rua e é muito legal, até difícil acreditar que uma Capital tem um carnaval desse jeito”, diz o marido, fantasiado de Chapolim Colorado.
Com um trio, banda e os batuque dos Tambores Vento Bom, o Cordão cobriu a Esplanada Ferroviária, com a galera cantando marchinhas. Os grupos estão ganhando força. O Cordão Valu mesmo puxa muitos blocos independentes como o Língua Preta e Sarau Segundas Intenções.
“O Carnaval está crescendo, a cada ano fica mais forte! Eu sempre gostei de colocar a fantasia e vir me divertir. Agora já está se consolidando como tradição”, comenta a psicóloga Bibiana Vargas, de 28 anos. Fantasiada do personagem Wally, dos quadrinhos “Onde está o Wally”.
A carioca Andressa Dutra, de 31 anos, também foi no Carnaval pela primeira vez e afirma que o clima no Cordão não deixou nada a desejar, comparado aos blocos do Rio de Janeiro. “Tá muito legal, bem parecido com os blocos que tem no Rio. Adorei”, garante.
O que tudo indica é que a força dos blocos só vai crescer mais a cada ano. E até terça muito samba vai rolar.