Praça vira pista de dança e público garante que o chamamé também é a cara de MS
A Praça do Rádio Clube virou pista para os dançarinos mais animados, esta noite (19) durante a abertura da 2ª edição do Festival Cultural do Chamamé. Centenas de admiradores que mesmo longe dos salões nos bairros, prestigiaram o evento e reforçaram que apesar da origem Argentina o estilo musical tem espaço cativo na cultura do Estado.
“Na minha família tem paraguaio, argentino então o chamamé desde sempre fez parte da minha vida”, conta a professora Edna Mendonça, de 55 anos, ao fazer uma pausa na dança para falar com a reportagem.
O amor é tanto que ela conta que faz aulas mensais do legítimo chamamé correntino, região que foi berço para o nascimento do estilo. “Achei todo o evento maravilho. Na Argentina as celebrações do gênero são assim também a céu aberto”, elogiou.
Outro fã confesso era o seu parceiro, o contador Celestino Franco Garcia, de 48 anos, que contou que há pelo menos 10 anos faz pesquisas sobre o gênero. “Apesar de algumas pessoas contestarem a sua origem é um estilo que foi se adaptando conforme o passar do tempo até chegar ao que ele se tornou hoje aqui em MS. Já faz parte da nossa história”, pontua.
A educadora Patrícia Pires, de 40 anos, também elogiou o evento que segundo ela, homenageia um costume tão bem aceito na nossa cultura.
“É muito importante celebrá-lo porque já faz parte da nossa cultura também. Ainda mais aqui no Centro, além dos bailes. Em volta da para observar as pessoas assistindo das janelas dos prédios, conferindo, mesmo sem vim assistir de perto”, conta.
Na Capital para participar da abertura do evento o Neguinho Berranteiro, como o próprio apelido adianta, saiu do Pantanal para apresentar os sons do berrante. “Além de tocador, trabalho com manejo de bois lá no Pantanal, onde o chamamé também é muito tradicional. Enquanto eu puder eu vou tentar representar essas culturas por onde eu passar”, adianta.
Na solenidade desta noite, ainda se apresentaram duplas sertanejas, o músico Peão Pantaneiro, além de grupos de danças típicas e a orquestra do CMO (Comando Militar do Oeste). No local também foi montada uma Feira Gastronômica, onde os preços variam de R$ 5,00 até R$ 10,00.
No cardápio que tem até o acarajé, há outras comidas que são marcas registradas da nossa terra como espetinho, vinagrete, mandioca com farofa e o carreteiro. Também tem feira de artesanato no local com peças bordadas até artigos indígenas.
De hoje (20) até o próximo domingo (23) dezenas de atrações podem ser conferidas no festival e a programação completa do evento pode ser acessada por este link.
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