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Diversão

Prefeitura alega danos a patrimônio e sugere outros pontos para blocos de rua

Paula Maciulevicius | 03/03/2017 11:21
Na segunda-feira, o bloco que existe desde 2014 foi recorde de público na rua, levando 25 mil pessoas para a região da Esplanada. (Foto: Lucas Miguel)
Na segunda-feira, o bloco que existe desde 2014 foi recorde de público na rua, levando 25 mil pessoas para a região da Esplanada. (Foto: Lucas Miguel)

Em nota oficial, a Prefeitura de Campo Grande afirmou que não impede a realização do "Enterro dos Ossos" do bloco Capivara Blasé, marcado para amanhã, na Esplanada Ferroviária. Sustentando que apenas acatou o parecer do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) que desautoriza o uso do local por parte dos foliões, a Prefeitura não quer se responsabilizar por evetuais danos ao patrimônio histórico, pedido feito pelo Iphan.

Na tarde de ontem, estiveram reunidos instituições policiais, representantes do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), da Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo), da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e a organização do bloco Capivara Blasé.

"Eles falaram que iam desautorizar o Carnaval na região da Esplanada, por depredação do patrimônio e reclamação dos moradores e que o Iphan só poderia liberar se alguém se responsabilizasse em cuidar e nisso cada instituição começou a colocar que não deveria fazer Carnaval ali", explica o criador do bloco, Vitor Samudio.

Organizador do bloco, Samudio cobra segurança por parte da Secretaria de Segurança Pública. (Foto: Lucas Miguel)
Organizador do bloco, Samudio cobra segurança por parte da Secretaria de Segurança Pública. (Foto: Lucas Miguel)

Na segunda-feira, o bloco que existe desde 2014 foi recorde de público na rua, levando 25 mil pessoas para a região da Esplanada. No dia seguinte, horas depois do término do Cordão Valu, que ocupa a mesma área, um conflito entre policiais e foliões terminou em confusão com direito a uso indiscriminado de gás lacrimogênio, além de truculência. 

"Como terça à noite foi a gota d'água, eles começaram a cobrar licença ambiental, do Corpo de Bombeiros e dizer que estávamos irregulares. É uma festa popular, uma manifestação coletiva. Os blocos saem no País inteiro e alegaram toda essa burocracia", pontua Samudio. 

Ainda segundo o criador do bloco, ninguém quis se responsabilizar. "Deveria ser eles, a Segurança Pública, que está abrindo mão de fazer a segurança pública. Eles estão abrindo mão, tirando o corpo fora e ninguém quer ser responsável", enfatiza Samudio.

Dentro das várias alegações, a Prefeitura sugeriu de fazer na Praça do Papa, Cidade do Natal ou ainda na Orla Ferroviária, na Avenida Mato Grosso com a Calógeras. "E não dá para fazer isso, porque muito do bloco vem desse processo de ocupação daquele espaço público e não é deste Carnaval, já vem de anos e existe um sentimento de pertencimento. Tirar, descaracteriza o bloco. Custa o poder público garantir a segurança do bem estar das pessoas?" questiona Vitor. 

Não há uma "proibição", mas caso haja a festa, o bloco precisa arcar com as consequências. "O tom é este: se fizer, interditamos, entramos com ação", acrescenta. 

Uma reunião ainda deve acontecer hoje para definir a situação.

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Não há uma "proibição", mas caso haja a festa, será interditada. (Foto: Lucas Miguel)
Não há uma "proibição", mas caso haja a festa, será interditada. (Foto: Lucas Miguel)
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