Reggae dá o play no fim de semana de Carnaval com bloco na praça Cuiabá
Centenas de foliões se reuniram na Praça Cuiabá para celebrar o Carnaval e a cultura rastafari
Sexta-feira de Carnaval foi em ritmo de reggae em Campo Grande. Centenas de pessoas se reuniram na Praça Cuiabá para curtir o Bloco do Reggae, primeiro evento organizado oficialmente pela Associação do Reggae de Mato Grosso do Sul.
Para o presidente da Associação, Diego Manciba, que ainda tenta registrá-la junto ao poder público, o Bloco do Reggae é carregado de simbolismos. “É isso que a gente quer, fazer o que a gente ama, música, artesanato, mostrar o nosso trabalho e a nossa forma de vida”.
O reggae music começou a tocar nas pick-ups dos DJs no finzinho da tarde a partir do coreto da Praça Cuiabá. Um grupo menor de pessoas acompanhava o som de cima do monumento, em torno do artista.
Já a maioria do público presente ficou espalhada pela praça, curtindo o som, tomando cerveja, podendo também desfrutar de vários produtos artesanais de artistas locais.
Esse é o caso da estudante Louise Matos, que enxerga em iniciativas como a do Bloco do Reggae, mais uma alternativa para as pessoas que querem curtir o Carnaval, mas não necessariamente gostam de marchinhas, samba e axé, ritmos tradicionalmente ligados à festividade.
“Não é todo mundo que curte as músicas de Carnaval. Aqui você encontra músicas diferentes, pessoas diferentes, toda uma vibe diferenciada, e ainda é Carnaval”.
A socióloga Solielly Alves concorda com Louise, mas entende que as coisas não são excludentes. Ela ama reggae, sempre acompanhou os eventos da agora Associação de Reggae, mas entende que Carnaval tem que ter de tudo.
“Cabe tudo no Carnaval, tem que ter samba, tem que ter marchinha, axé, absolutamente tudo. O Carnaval é a cara do Brasil e no Brasil tem tudo isso”.
E como ganhar uma graninha extra no Carnaval sendo dono de uma loja temática de reggae? Só colar no Bloco do reggae, ué. Foi o caso das donas da Maktub Shop, loja especializada em produtos do meio. “Estamos vendendo de tudo; camisetas, acessórios, adesivos e até açaí”, diz a gerente Caroline Monteiro.
A exemplo de outros bloquinhos, o Bloco do Reggae adotou de forma adjacente uma faceta política. O artesão Eduardo Gargamelo, que expunha seus produtos na praça, além da curtição, disse que esse era um momento importante para exigir que o poder público trate pessoas que ganham a vida como ele com mais respeito.
“Fui retirado de vários locais onde trabalhava aqui em Campo Grande e hoje nem estou aqui por dinheiro, nem vendi nada, mas pra mostrar que existimos e merecemos mais respeito do pode público”.
O Bloco do Reggae foi, acima de tudo, a celebração de uma cultura importada e naturalizada pelo brasileiro, que é a cultura rastafari. Foi a reunião de pessoas que festejam o Carnaval independente do ritmo e das pessoas
Quase no fim do rolê, perto das 22h, a chuva apertou e dispersou vários foliões. Os mais animados se apertaram no Coreto, que continuou tocando reggae até o fim.
A programação completa do Carnaval você confere no link. (Clique aqui)
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Abaixo a galeria de fotos registradas pelo fotógrafo Marcos Maluf:
Confira a galeria de imagens: