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Doação compartilhada de óvulos: situações opostas em busca do mesmo sonho

Informe Publicitário | 18/07/2017 06:10
Doação compartilhada de óvulos (Foto: Divulgação)
Doação compartilhada de óvulos (Foto: Divulgação)

Olá a todos! Hoje falaremos sobre a doação compartilhada de óvulos, que une mulheres que estão em situações opostas, em busca do mesmo sonho: a maternidade. Esta técnica foi regulamentada em 2015, através de resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que rege as normas de inseminação artificial e fertilização in vitro, procedimentos utilizados na reprodução humana assistida.

A doação compartilhada de óvulos funciona da seguinte maneira: Joana, que tem 45 anos e quer engravidar, está na menopausa e não produz mais óvulos; tampouco optou por fazer uma reserva ovariana através da técnica de Criopreservação (congelamento de óvulos e espermatozoides). Paula, de 30 anos, tem vários óvulos saudáveis disponíveis e está fazendo um tratamento de reprodução humana assistida pois seu marido tem poucos espermatozoides em seu sêmen.

Para que as duas futuras mamães possam realizar seus sonhos, elas podem se ajudar: Paula irá doar óvulos para Joana, que em contrapartida vai ajudar Paula a custear o seu tratamento de reprodução assistida. Tal procedimento é perfeitamente legal, ao contrário da compra e venda de óvulos, que é proibida pela legislação.

Dr.ª Suely Resende, responsável técnica pela Clínica Fertility - CRM: 1991 (Foto: Divulgação)
Dr.ª Suely Resende, responsável técnica pela Clínica Fertility - CRM: 1991 (Foto: Divulgação)

Regras para a doação compartilhada de óvulos

Para que este processo ocorra, algumas regras devem ser obedecidas:

1. Anonimato: a clínica de reprodução assistida deverá fazer a ponte entre a doadora e a receptora dos óvulos. Quem vai receber os óvulos conhecerá características físicas da doadora, tais como altura, peso, cor do cabelo, cor dos olhos e sua raça, pois buscam-se características físicas compatíveis entre as duas mulheres.

2. O CFM orienta que a receptora de preferencia não tenha mais de 50 anos, caso esteja acima desta idade, ficará a cargo do ginecologista de realizar ou não o procedimento após avaliação clinica da paciente;

3. A escolha da doadora é realizada pela clínica de reprodução humana assistida;

4. Serão realizados todos os exames investigando riscos e históricos de doenças nas famílias envolvidas, bem como a combinação saudável dos genes.

Benefícios da doação compartilhada de óvulos

Além de permitir que outra mulher possa realizar o sonho da maternidade, a doação compartilhada de óvulos permite que:

• A doadora tenha o custo de seu tratamento de reprodução humana assistida reduzido de forma substancial;

• Tanto a doadora quanto a receptora, em um ato de empatia e solidariedade, são beneficiadas no processo, permitindo que ocorra a realização do sonho em comum “a maternidade”.

No Brasil há uma grande quantidade de receptoras e poucas doadoras disponíveis. Espero que este artigo auxilie às futuras mamães a utilizarem o recurso de doação compartilhada de óvulos, para que possam ajudar a si mesmas e outras mulheres no tão desejado sonho de ser mãe!

Dr.ª Suely Resende, responsável técnica pela Clínica Fertility - CRM: 1991

Facebook/Instagram: doutorasuelyresende
suelyresende.com.br

Doação compartilhada de óvulos: situações opostas em busca do mesmo sonho
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