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Para cuidar do organismo, curso vai ensinar a produzir a Kombucha

Thailla Torres | 28/05/2017 07:51
O consumo do chá tem crescido em Campo Grande e agora um curso vai ensinar a receita. (Foto: Marcos Ermínio)
O consumo do chá tem crescido em Campo Grande e agora um curso vai ensinar a receita. (Foto: Marcos Ermínio)

Conhecido por regular as funções do intestino e ajudar no funcionamento do metabolismo, o Kombuchá, bebida milenar a base de uma bactéria vem ganhando destaque nos últimos meses. Em Campo Grande, o nutricionista Gabriel Silveira Borges, decidiu se especializar no assunto e agora vai ministrar uma oficina para preparação do Kombuchá e dar dicas de drinques utilizando a bebida.

O nome gera dúvidas sobre como preparar o produto, mas Gabriel mostra que é muito mais simples. "É um bebida artesanal levemente gaseificada. Feita com uma cultura de microorganismos vivos, bactérias, que são cultivadas em chá preto ou verde", explica.

Miguel é nutricionista e vai ensinar como faz o produto. (Foto: Marcos Ermínio)
Miguel é nutricionista e vai ensinar como faz o produto. (Foto: Marcos Ermínio)

Para produzir a bebida é preciso cultivar o scoby, uma cultura viva que tem aparência semelhante a uma panqueca gelatinosa. "Você a coloca no chá preto e ela é fermentada. Depois de um tempo de fermentação, você tem uma bebida gaseificada", complementa.

A preocupação deve ser com o armazenamento e higiene para não "matar" a bactéria e nem contaminar a bebida. "Você coloca essa panqueca, que eu chamo de matriz, em um recipiente de vidro com chá preto com açúcar em temperatura ambiente e tampa com um pano limpo para que ele possa respirar e se reproduzir. Depois de 7 dias de fermentação, a matriz se reproduz e a bebida está pronta, basta coar", explica.

Gabriel consome o chá há seis meses desde que se surpreendeu com o processo de fermentação. "Acho muito interessante pelos benefícios e por ser um produto natural. Comecei a procurar produtos fermentados e encontrei dificuldade em Campo Grande. Por isso o interesse em produzir, principalmente quando a gente vê o que isso vem gerando nas pessoas".

A bebida passa por dois processo. A primeira fermentação é feito com um pano e a segunda quando é fechada perfeitamente em uma garrafa de vidro. "Nunca deve ser utilizado a cerâmica por que as bactérias retiram o chumbo do recipiente. Outro grande cuidado é com a higienização, deve ser fervido todos os utensílios, vidros, panos e coadores", explica.

Detalhe da bactéria semelhante a uma ''panqueca''.
(Foto: Marcos Ermínio)
Detalhe da bactéria semelhante a uma ''panqueca''. (Foto: Marcos Ermínio)
Liquido pode ser consumido puro ou com frutas.
(Foto: Marcos Ermínio)
Liquido pode ser consumido puro ou com frutas. (Foto: Marcos Ermínio)

 Depois que a bebida for coada, pode ser consumida naturalmente ou saborizada com ervas, frutas e xaropes especiais. "Natural lembra o sabor do chá mate e quando misturada com frutas é semelhante a uma sidra".

Adepto, Gabriel também ressalta os benefícios para a saúde. “Como é um produto fermentado, ele é probiótico, que aponta benefícios para o organismo. O kombucha também diminui as bactérias patogênicas e aumenta as bactérias boas, isso faz com que a gente tenha maior absorção de macro nutrientes. Ele também tem na sua composição ácidos orgânicos, que ajudam no processo de desintoxicação do corpo”, detalha.

O nutricionista diz que não há restrições, mas fala da importância de acompanhamento. “Beber um monte também não vai adiantar. O recomendado para adultos é de 1 litro por dia e no máximo 200 ml para crianças”.

Para ensinar a produzir o Kombucha, Gabriel vai ministrar uma oficina no dia 10 de junho no Recanto das Ervas. A inscrição custa R$ 140,00 e as vagas são limitadas.

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