Dudu Bertholini lança em Campo Grande coleção de alto verão da Neon
O homem enorme, de 1,92 metro de altura e cabelos longos, é uma aula de moda ambulante. Estilista da marca Neon, Dudu Bertholini pode não ser conhecido pelo nome, mas a imagem dele logo remete aos nomes mais importantes da moda atual no Brasil.
Performático até na maneira rápida de falar, Dudu esteve em Campo Grande para lançar a coleção de Alto Verão da Neon, uma das marcas vendidas na loja La Dame.
Em uma cidade mais para rural do que praiana como Campo Grande, algumas peças da Neon são capazes de migrar do urbano para o litoral sem prejuízos, ensina Dudu.
“A mulher tem de abusar de tecidos de fibras naturais e peças confortáveis. Há vestidos que vão bem com uma rasteirinha e viram looks de festa se usados com um salto”.
As peças com a leveza da seda pura e o corte preciso não são para qualquer bolso, mas dão um glamour ao dia a dia de parar o trânsito.
O macacão pareô Je t'aime, de R$ 1.638, por exemplo, é a cara da coleção na onda da africanidade, do tipo que vai da praia à festa em segundos e grande estilo.
Mas também há vestidos ultra coloridos em malha a preços mais viáveis. “Fazemos uma moda democrática. Temos peças de malharia, mas também de seda, curtos e longos e com numerações para mulheres magras e mais gordinhas”, comenta Dudu.
O estilista aprendeu - por ser exceção em um País de pessoas mais baixas, como respeitar as diferenças na moda. “Entendo as diferenças, me sinto preparado para fazer uma moda não excludente”.
Outro diferencial da Neon é o resgate à forma antiga de fazer estamparia. A marca trabalha com 30 artistas plásticos, o que rendeu neste Verão estampas super femininas, na base da colagem e digitalização.
Dudu segue a risca a linha multicultural. Pesquisador, diz que adora viajar, por isso “nunca perderia a oportunidade de conhecer Campo Grande e as referências daqui”.
Para ele, o mais importante no trabalho é “conhecer a mulher que veste minha roupa em todos os cantos do Brasil, de Manaus e Porto Alegre. Só assim consigo fazer a moda brasileira, sem caricaturas”.