Amigas abrem o quintal para servir clássicos em versão gourmet e por preço justo
A ideia é fazer releituras de pratos clássicos para experimentar novos sabores e reunir amigos. Por isso, uma vez por mês os sandúbas, cachorro-quente, churros e o que mais surgir em mente são produzidos de forma bem artesanal e servidos a preço acessível. O projeto "Arte no Quintal" vira uma festa entre pessoas que muitas vezes nem se conhecem, mas apreciam comer algo diferente, sempre com toque de quem estudou para cozinhar.
O evento ocorre no quintal da casa das meninas do "Arte Gourmet", um buffet especializado em atender festas pequenas com um cardápio diferenciado, sempre com um toque autoral.
Rafaela Georges, de 24 anos, é campo-grandense. Cursou Gastronomia no Senac, em 2008, e com vontade de aprender mais foi morar em Maringá onde fez faculdade. Lá, conheceu Ana Maioli, de 21 anos. Elas se formaram juntas e com a dúvida sobre o que fazer com o diploma na mão, resolveram aceitar a sugestão de uma professora e realizar um evento.
A experiência deu certo e, aos poucos, a empresa surgiu. Como a família de Rafa é de Campo Grande, e elas ficavam na estrada entre eventos lá e aqui, decidiram fixar endereço no bairro Monte Líbano. Alugaram uma casa para morar, montaram a cozinha e começaram os trabalhos com eventos e entregas.
“Antes de mudar para cá eu já tinha vindo 14 vezes trabalhar nos eventos, então, ou a gente mudava para trabalhar com o que a gente gostava ou ia ter que trabalhar em restaurante", simplifica Ana.
Com a quantidade de eventos e a necessidade de também fazer doces, Isabela Michelin, que era caloura das meninas entrou para sociedade assim que se formou e hoje também é uma das moradoras da casa gourmet. “Antes a gente tinha que terceirizar, então convidamos a Isa para fazer os doces, ela aceitou, agora a gente faz tudo”, lembra Rafaela.
É de Isabela, por exemplo, o "Banoffee", com farofa crocante, doce de leite, banana e creme de nata.
Como os amigos sempre frequentavam a casa para comer, elas decidiram transformar o encontro em evento, com direito a comida mais elaborada.
O primeiro, em dezembro do ano passado, apresentou o Super Lanche, com pão de abóbora caseiro, hambúrguer de puro bacon, mais um de carne, cebola caramelizada, alface, tomate e molho caseiro.
Apesar de ser o prato que mais deu trabalho, fez um sucesso tremendo e a recepção no quintal virou negócio. Em fevereiro houve a edição de Carnaval, um rodizio de escondidinho, com exigência de reservas. No cardápio os escondidinhos de chilli, costelinha barbecue, carneiro e de shimeji.
No evento de Carnaval, a chuva resolveu chegar às 20h, quando a festa já ia começar, mas como para as meninas não há tempo ruim que abale a disposição, elas arrastaram os móveis da sala e ajeitaram tudo para receberem as pessoas. A decoração foi literalmente por água abaixo, mas por fim, além de todo mundo comparecer, elas ainda colecionam mais uma história no currículo.
Depois, passaram a abrir sem reservas, para o público que quisesse conhecer. Em abril, teve pastel e o último, que foi agora em maio, as amigas serviram o Hot Dog Francês, com baguetinha, molho bechamel "farinha de trigo, manteiga e leite), bacon, salsicha alemã e mix de queijo gruyére. Uma "sofisticação" do nosso bom e velho cachorro-quente, por R$10.
A cada evento, um prato novo, uma nova invenção. “A vantagem é que nós não somos presas a nada. A gente só prefere trabalhar com comida mais artesanal, então tem evento que a gente chega a fazer 10 cardápios diferentes para o cliente e a gente adapta ao que ele pode pagar”, comenta Rafaela.
Além das reuniões de quinta, elas também entregam em casa pratos encomendados, fazem de tudo para atender bem o cliente. “O lugar aqui é simples, mas a comida muito boa”
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