Casa de espetinho vende de linguiça com pequi a contrafilé na Amarula
O toldo “malhadinho” já chama atenção para o La Vaca, uma casa de espetinhos aberta desde a última sexta-feira (29), com a proposta de um cardápio bem diferente, para conquistar espaço no corredor gastronômico da Bom Pastor.
A linguiça à moda da casa vem com queijo e pequi. O espetinho de contrafilé é banhado na Amarula. A picanha é grelhada no azeite e servida com abacaxi flambado. São apenas três, das dez opções que a casa oferece. Além dos mais inusitados, tem espaço para os tradicionais também, para o coração de frango ou o doce Romeu e Julieta.
O cliente pode comer só o espeto, ou comprar o completo e escolher três acompanhamentos dos seis oferecidos. A lista vai muito além da mandioca e vinagrete. Tem arroz branco, mandioca temperada, quiabo frito com bacon, cabotiá refogada, repolho refogado e farofa temperada (cenoura e bacon). O prato da casa é a vaca atolada, um ensopado feito com costela, mandioca, muito queijo e temperos.
A ideia de trazer opções diferentes veio das raízes do casal Jéssica Oviedo Leal, de 22 anos, e Eduardo Rufino Leal, de 28, os donos do negócio. Os dois vieram de Palotinha, uma cidade com pouco mais de 30 mil habitantes no interior do Paraná.
Ele trabalhou 12 anos na mesma empresa por lá, ela é fotografa e fazia fotos de aniversários infantis. Com vontade de crescer, fizeram as malas e mudaram para cá, lugar que eles só conheciam por fotos na internet.
Quando buscavam uma franquia para investir pesquisaram na internet a cidade mais próxima que poderia receber o investimento, encontraram Campo Grande. Vieram com cara, a coragem e com o sonho de encontrar por aqui a oportunidade de crescer juntos.
“A gente queria montar algo para fazer do nosso jeito. A franquia tem muitas regras e a gente queria fazer algo diferente e não podia”, explica Jéssica. Depois de um ano trabalhando como franqueado, os dois decidiram que era hora de ter um negócio próprio, onde eles teriam liberdade para criar e inovar.
Apesar da distância da família, os dois encontraram em Campo Grande o que estavam esperando, se apaixonaram pela Cidade Morena e decidiram ficar por aqui.
“Eu vim de uma cidade bem pequena, lá a gente não tem tanta oportunidade. Campo Grande tem tudo que uma capital tem em lazer, lugares para ir, educação, mas é tranquila tem um “que' de interior”, comenta Eduardo.
Foi quando encontraram o lugar e conheceram o chefe de cozinha Paulo Vaz, que pensou junto com o casal em pratos diferentes para agradar o paladar do campo-grandense, foram várias provas até chegar no resultado esperado.
O nome veio de uma hamburgueria do Paraná que não funciona mais e que a Jéssica sempre achou divertido, aqui ela ganhou identidade, quadrinhos na parede e aos pouco a cara do casal que escolheu Campo Grande para construir o seu lar, com a filha Júlia, de 4 anos.
Venderam a casa na cidade natal e investiram no sonho da oportunidade que encontraram por aqui.
“A gente veio em busca de oportunidade, fez muitos amigos aqui o que facilitou muito. E agora temos um negócio com a nossa cara, falta muito ainda, mas a gente quer trabalhar para melhorar”, Comenta Jéssica.
