Com happy hour, lanchonete vira especialista em sopa paraguaia recheada
“Recordo com saudades seus encantos Mercedita...”, a música que é tradição de quase todas as festas sul-mato-grossenses combina perfeitamente com os happy hours de "A Paraguaia". O espaço que só vende sopa paraguaia resolveu realizar uma vez por mês uma noite regada ao sabor tradicional e com uma boa música. Para abrir a programação nada mais justo do que a velha e boa música fronteiriça na voz de Camila Spengler.
A casa de sopas paraguaias foi idealizada pela dona Ivete Trindade Vascão, ao lado das filhas Daiany e Danielly Couto.
“A primeira ideia da minha mãe foi vender chipa, porque começaram a abrir várias casas em Campo Grande, mas depois fomos conversando e eu falei da sopa, que era algo que todo mundo gostava, meus amigos sempre pediam, fazia sucesso”, diz Daiany.
Ela só pensou em entrar no negócio porque os professores do curso de Engenharia Ambiental na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) entraram em greve. “Minha irmã também não estava trabalhando. Ficava nós três em casa, então comecei a pensar em algo novo”, diz.
Dona Ivete, de sul-mato-grossense só tem o coração. Natural de Catanduva, São Paulo, ela conta que aprendeu a fazer sopa paraguaia depois que se mudou para Campo Grande, aos 18 anos.
“Me casei e vim morar aqui e tive meus filhos. Fazia a sopa paraguaia no dia a dia, para as crianças levarem no colégio. Sempre fui dona de casa, os amigos delas também me pediam e minha filha me incentivou, disse que todo mundo achava uma delícia, para a gente inovar e investir na sopa”, explica.
Para comemorar o sucesso, o primeiro happy hour foi realizado no dia do aniversário de 58 anos de dona Ivete.
“Queremos que seja um momento de confraternização. Nesses dias além da sopa também faremos um arroz carreteiro com vinagrete por R$ 5,00”, aponta a matriarca.
Recheio – Um dos diferenciais de A Paraguaia são os recheios: requeijão, carne seca, brócolis, provolone, queijo coalho, bacon e até as veganas.
“Para os veganos nós estamos fazendo sob encomenda porque não tem muita saída. É uma boa ideia também para quem tem intolerância a lactose, já que a massa não leva leite”, diz Daiany.
O negócio continua firme e forte na porta da casa da família e com entrega também. São dois tamanhos de sopa diferentes: 200 ou 500 gramas.
“Além disso nós temos uma parceria com a Banoff, uma empresa de doces. Eles são nossa sobremesa oficial”, frisa.
Como a aceitação ao sabor tem sido positiva, a família também comprou um carrinho, com forno e freezer.
“O propósito é que ele possa ser carregado para qualquer lugar, podemos viajar ou fazer um evento. Muita gente gosta de sopa paraguaia e é um prato típico do nosso Estado. Combina bem com tudo”, acredita Daiany.
O preço das sopas varia de R$ 5, a tradicional pequena, até R$ 15, uma média de carne seca com requeijão. Informações pelo telefone (67) 9848-2453 ou na rua do Rosário, 904.