Lanche, pastel e coxinha... a gastronomia da fome depois da folia na rua
Quando todo mundo entra no clima do Carnaval, difícil é lembrar de comer na hora certa. Nos dias de muita bebedeira e curtição, uma hora bate a fome. Nesse momento, não há dieta e nem frescura para comer. Para quem aproveita a folia na Esplanada Ferroviária, tem a típica gastronomia de rua, de churrasquinhos ao famoso podrão e até copão de coxinha.
O que ninguém tem paciência é de esperar algo muito elaborado. Por isso, a maioria escolheu o que há de mais prático. Por R$ 6,00, Osmarina dos Santos, de 44 anos prepara um cachorro quente reforçado, acrescentando milho e catupiri. "É o que mais sai, porque fica pronto rapidinho", explica.
Conhecendo o público de outros carnavais, Osmarina prefere nem colocar muitas opções. "De lanche mesmo, o X-salada é o mais pedido". Trabalhando com carrinho de lanches há 6 anos, ela chega na folia às 14h, mas é à noite que as vendas começam. "Chega 20h todo mundo vem louco para comer", diz. Os lanches variam entre R$ 6,00 e R$ 15,00.
Na 14 de Julho, onde a maioria se concentra para vender os quitutes, de longe dá para sentir o cheiro de churrasquinho. Na barraca do Anderson Maurício, ele chega a vender 500 espetinhos por dia. Cada um sai a R$ 5,00. Tem opção de carne e na versão brochete, com pimentão e cebola. "É para matar a fome bem rápido, ainda passa na farofa", diz.
Pensando na praticidade, são os ambulantes que racham de vender no meio da muvuca. Quem não quer andar muito até o carrinho de cachorro-quente, pega o que vê pela frente. Fica difícil resistir a um copo de mini coxinhas fritas, que varia de R$ 5,00 a R$ 6,00, dependendo do lugar.
No bar Brava, onde grande parte do público se concentrou após o cortejo, os donos decidiram só vender o salgadinho. "É pela facilidade e também pela brasilidade. Ninguém resiste a uma coxinha", brinca o sócio proprietário, Lucas Caneca.
Em versões menores e para ficar fácil de comer, tem opções de sopa paraguaia recheada a R$ 4,00. Os sabores são de frango com requeijão, carne seca com requeijão, brócolis e queijo.
Há 30 anos vendendo churros, Carlos Alberto Costa, 54, se deu bem no primeiro dia de Cordão Valu, no sábado passado. Ele diz que os foliões preferem salgados, mas o doce acaba ajudando na bebedeira. "Eu vendo recheado de beijinho, chocolate e doce de leite, é bom para dar aquela animada", diz.
O tempero baiano também faz presença. Na Rua Dr. Freire, na Vila dos Ferroviários, tem a barraca da Baiana do Acarajé. Por R$ 10,00 o bolinho é servido com bastante recheio.
Para dar aquela energia, apesar do calor, teve gente que não dispensou um caldo de feijão. Na Barraca do Mineiro o copo custa R$ 5,00.
E quem não dispensa uma fritura, enfrenta fila na barraca de pastel. Com sabores de queijo e de carne, com a propaganda de 3 pastéis por R$ 10,00, dá para comprar até para os amigos.