Marcus perdeu até amor, mas não desistiu de vender sopa paraguaia
Ele começou vendendo nas ruas e enfrentou preconceito pela escolha, mas hoje faz sucesso com o novo negócio
Depois de anos cozinhando para a família e acreditando que sua comida era “simples demais”, Marcus Carnero resolveu dar uma chance para si mesmo e ir às ruas vender sopa paraguaia com massa de cuscuz. Sim, ele misturou as duas receitas sem dó só para ver o que as pessoas achariam. O resultado? Voltou para casa após 20 minutos e com os 40 pedaços da sopa vendidos.
Isso ocorreu no início da pandemia. Marcus lembra que sempre gostou muito de cuscuz e de sopa paraguaia, e foi quando decidiu unir as receitas e preparar o tradicional “bolo salgado”. Com sucesso nas vendas pela rua, ele decidiu dar continuidade ao trabalho e fundar a sua marca Sopa Py.
A escolha não foi fácil, nem todo mundo o entendeu. “Sofri preconceito. Tive um relacionamento em que a pessoa terminou comigo. Senti que era preconceito. Algumas pessoas sentem vergonha de sair vendendo nas ruas”.
Marcus não se importou e continuou as vendas. Meses depois, ele resolveu alugar uma sala em uma galeria para comercializar a sopa paraguaia. Nesse período, a receita já tinha se transformado. Ele passou a vender a sopa paraguaia tradicional e outra versão quatro queijos, que leva até provolone.
“Resolvi desenvolver um formato redondo para ser mais comercial, além disso, tem gente que briga pelo queimadinho da borda, o que traz um sabor diferente”, conta Marcus.
Na loja em que atende, além da sopa paraguaia, receita que veio da família, ele também serve bolo e café. Enquanto uma atendente faz as vendas, ele roda a cidade fazendo entregas. “É necessário, senão fica difícil pagar as contas”.
Só que o mais surpreendente é a alegria de Marcus. Nem debaixo de chuva ele abriu mão das entregas. Orgulhoso, ele diz que se emociona quando olha para a própria trajetória. “Eu não acreditava no meu potencial, eu achava que as pessoas só elogiavam porque gostavam de mim, não porque eu sabia cozinhar de verdade”.
Hoje, esse sentimento foi transformado e ele faz questão de incentivar outros empreendedores. “Quero que ninguém desista dos seus sonhos, que acreditem no seu potencial e saibam que tudo é possível. Hoje eu agradeço por ter insistido e continuado a vender. Sou muito feliz com as minhas sopas paraguaias”.
Além de sopas minis, tem também também sopas maiores. A tradicional custa R$ 35,00 o quilo e a quatro queijos custa R$ 95,00 a unidade (com quase 3 kg).
Quem quiser saborear a Sopa Py, pode ir até a loja que fica na Av. José Nogueira de Vieira, 231 - Sala 3. O funcionamento é de segunda a sexta-feira das 06h às 18h e aos sábados das 06h às 12h).
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