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Sabor

Moda "food truck" chega com 11 carros de uma só vez e menu de rua elaborado

Elverson Cardozo | 13/04/2015 06:12
Planta do projeto. (Foto: Divulgação)
Planta do projeto. (Foto: Divulgação)

A onda dos foods trucks (ou caminhões de comida no bom português), que pegou nos grandes centros, deve chegar a Campo Grande por intermédio da chef de cozinha Isabela Blanco Barbosa, de 27 anos, proprietária do Maracutaia Bar. Em sociedade com a empresária Pilar Galceran Guim, 61, de São Paulo, que trabalha com isso na famosa Rua Augusta e mantém, também, uma rede de hamburguerias por lá, ela vai montar aqui um "Food Park", com espaço para 16 trucks se instalarem.

São os clássicos trailers, que na moda gourmet também ganham um layout mais elaborado, muitas vezes retrô, assim como o cardápio de chefs. A diferença também está na possibilidade de serem itinerantes.

O projeto que recebeu o nome de "Nômade Food Park - Simplesmente Gastronomia", saiu do papel no final do ano passado e as obras vem sendo executadas para deixar tudo pronto para o mês que vem. A abertura, a convidados e jornalistas, está marcada para o dia 19 de maio.

No dia 21, o público poderá conhecer o espaço, que fica em frente à universidade Anhanguera/Uniderp, na Avenida Ceará, quase esquina com a Ricardo Brandão, bem perto de um salão de festas.

Em uma área de 1 mil m², que deverá comportar cerca de 500 pessoas, a proposta é instalar os 16 trucks. Até agora são 11 confirmados. A maioria vem de fora, de São Paulo, e os cardápios são individuais.

Isso significa que, em um único lugar, os visitantes terão várias opções para matar a fome. Na lista, há truck que vende hambúrguer, salmão defumado, milk shake, hot dog, peixe com batata frita, sanduíche no pão francês e comida de outros países.

Terreno já está sendo preparado para receber o novo empreendimento. (Foto: Marcelo Calazans)
Terreno já está sendo preparado para receber o novo empreendimento. (Foto: Marcelo Calazans)

Entre as marcas já confirmadas e conhecidas em outras regiões do País estão: Lox Deli, Hamburgueria 162, Perrito Caliente, Fish and Chips, La Lechería e Ethnic. Mas tem outros trucks, de Campo Grande, com o “No Francês”, “Dubule” e o do Maracutaia Boteco, que vai vender a conhecida costelinha ao molho barbecue.

O “Da Terra”, único com a pegada Sul Mato Grossense, vai fazer pratos como o arroz de carreteiro e a galinhada. Todos, no entanto, vão trabalhar com o conceito da cozinha gourmet, mas os preços serão mais acessíveis porque a proposta é acabar com a ideia de que comida de chef custa caro.

“Eu quero desmistificar essa teoria, diz Isabela. “Vai ter brigadeiro gourmet a R$ 5,00. O preço máximo é R$ 25,00, se a gente for servir algum prato com risoto ou filé. Mas a média será R$ 15,00”, acrescenta.

Estrutura - O projeto de arquitetura, assinado por Silvia Bochnia, tem como base e inspiração uma praça de alimentação ao ar livre. O piso será de pavimento intertravado, permeável. A iluminação foi planejada com lâmpadas de LED, de iluminação amarelada, e um varal para deixar tudo mais aconchegante.

As mesas serão do tipo comunitárias, feitas com madeira de reflorestamento. A instalações sanitárias são do tipo container. A vegetação do terreno será preservada. “O cabeamento de energia vai der debaixo da terra”, completa Isabela, ao comentar, animada, que o espaço “é realmente uma tendência”. “Estou pesquisando isso há seis meses”, conta.

Espaço terá capacidade para 16 trucks. (Foto: Divulgação)
Espaço terá capacidade para 16 trucks. (Foto: Divulgação)

Com a Prefeitura falta apenas resolver os últimos detalhes para liberação da documentação dos trucks, porque a do espaço, afirma, já está garantida. Mas Isabela e a sócia dela, Pilar, querem ir além: “Estamos tentando a liberação para andar com carros nas ruas, mas tem essa lei dos ambulantes....”, comenta.

Regulamentação - As duas já contam, no entanto, com um aliado, o vereador Otávio Trad (PT do B). Ele protocolou, nesta quarta-feira (8), na Câmara Municipal, o projeto de Lei nº 575/2015, que regulamenta o funcionamento desses veículos em vias e áreas públicas da cidade.

A proposta é regularizar a atividade, seguindo os modelos de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, onde os ambulantes cumprem requisitos de organização e higiene. Dentre os critérios, estão os tipos de alimentos que podem ser comercializados, locais e horários de funcionamento, bem como o procedimento para o comerciante conseguir a autorização da atividade.

Para o vereador, é necessário fixar regras básicas quanto ao funcionamento do serviço especialmente no que diz respeito aos cuidados sanitários. Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Florianópolis e Cuiabá já estão em processo de regulamentação.

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