Brasil e Paraguai debatem autorização para a criação de tilápia em Itaipu
A ministra disse que o assunto é de grande importância e relevância para os produtores brasileiros e paraguaio
A criação de tilápia no lago da Usina Hidrelétrica de Itaipu foi um dos temas tratados em reunião na quarta-feira (24) entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, que contou com a participação da ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e do secretário de Aquicultura e Pesca do Mapa, Jorge Seif Jr. A informação é da Agência de notícias do ministério.
Segundo a nota repassada á imprensa, dados da ANA (Agência Nacional de Águas) mostram que a capacidade de produção de peixe no reservatório da Usina Hidrelétrica de Itaipu é de 400 mil toneladas por ano. Atualmente, o cultivo de tilápias em tanques no reservatório de Itaipu não é permitido pela legislação do Paraguai.
Segundo o secretário Seif, a autorização para a criação de tilápia no reservatório possibilitará um aumento de 40% na produção do Brasil e de 20 vezes no Paraguai. “Existe uma lei dentro do parlamento paraguaio que precisa ser alterada. Estamos fazendo as tratativas não só com o poder executivo, mas também no legislativo para avançarmos nessa grande pauta para a aquicultura, para a piscicultura, para a tilapicultura e também para o Paraná, que já é o maior criador de tilápia do Brasil”, explicou o secretário após a reunião.
A ministra disse que o assunto é de grande importância e relevância para os produtores brasileiros e paraguaios. “Isso é desenvolvimento, isso é trabalho para os produtores tanto do lado brasileiro quanto do lado paraguaio”. Ela informou que a legislação brasileira já permite a produção de tilápia e que o Brasil vai realizar um seminário em fevereiro do ano que vem com parlamentares e produtores do Paraguai para possibilitar “um grande entendimento sobre esse investimento que será importantíssimo para os dois países amigos”.
Segundo Bolsonaro, há uma enorme vontade do governo Paraguaio para autorizar a questão. "É muito bom para os dois países”, ressaltou.