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Meio Ambiente

Agarrado à mãe atropelada, bebê tamanduá é resgatado

Um dos problemas crônicos nas rodovias fez mais uma vítima entre animais silvestres

Cassia Modena | 28/07/2023 10:06


Um tamanduazinho-bandeira, de aproximadamente dois anos, foi encontrado em estrada vicinal da BR-262 "velando" a própria mãe atropelada, agarrado a ela. O local fica em Terenos, município localizado a 25 quilômetros de Campo Grande.

As cenas do vídeo acima foram compartilhadas por pesquisadores do biotério da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), que se deslocaram até lá em 14 de julho para resgatá-lo. A ação durou cerca de 40 minutos. Houve dificuldade devido à escuridão na estrada.

Apesar de ceifar a vida do animal adulto, ao menos o filhote saiu ileso do atropelamento. Ele recebeu todos os cuidados da equipe. “Colocamos em uma gaiola e o acomodamos em um carro menor por conta do frio que fazia na data. Ele foi se aquecendo”, contou a professora da universidade e coordenadora do biotério, além de bióloga e médica veterinária, Paula Helena Santa Rita.

A operação de resgate teve também a participação de um colaborador, uma doutoranda e três acadêmicos de Medicina Veterinária e Ciências Biológicas. Ela foi previamente autorizada junto ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e PMA (Polícia Militar Ambiental).

O animal - O bebê tamanduá está em período de desmame, portanto, não depende mais exclusivamente da mãe para se alimentar. Após o resgate, ele foi entregue ao Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande.

Ele foi recepcionado por uma médica veterinária, que verificou seu estado de saúde. Continuará recebendo cuidados no local até que possa retornar à natureza.

De acordo com o Livro Vermelho de Fauna Ameaçada, do Ministério do Meio Ambiente (2018), o tamanduá-bandeira é listado como vulnerável na categoria de risco de extinção. A BR-262, em Mato Grosso do Sul, é uma das áreas onde mais ocorrem atropelamentos desse e outros animais, como mostrou o Campo Grande News nesta matéria.

A espécie tem hábitos solitários, justamente com exceção à relação entre mãe e seu filhote durante o período de amamentação, e da época de reprodução, quando macho e fêmea ficam juntos para acasalamento.

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