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Meio Ambiente

Bombeiros recebem 16 chamados para combater incêndios durante o sábado

Baixa umidade do ar, calor e intervenção humana –por meio de fogo em terrenos ou até bitucas de cigarro jogadas– traz para este mês situação comum apenas a partir de agosto

Humberto Marques | 14/04/2018 17:22
Incêndio em terreno no Miguel Couto, em Campo Grande: até as 16h30 de sábado, bombeiros receberam 16 chamados. (Foto: Paulo Francis)
Incêndio em terreno no Miguel Couto, em Campo Grande: até as 16h30 de sábado, bombeiros receberam 16 chamados. (Foto: Paulo Francis)

A baixa umidade do ar, acompanhada de temperaturas altas e ventos, bem como o “ingrediente humano” trouxeram novamente a ocorrência de incêndios em terrenos baldios e áreas rurais no entorno de Campo Grande. Até às 16h deste sábado (14), o Corpo de Bombeiros havia computado 14 ocorrências do gênero em diferentes bairros da cidade.

Embora a maior incidência do problema ocorra entre os meses de agosto e setembro, as condições climáticas dos últimos dias têm favorecido o aparecimento de incêndios. Neste sábado, por exemplo, a umidade relativa do ar em Campo Grande estava em 35%. O calor ajuda no surgimento de chamas, que também são provocadas pela intervenção humana, seja por meio da prática de se “limpar” terrenos com fogo ou mesmo jogando bitucas de cigarro em áreas com mato seco ou detritos.

Supervisor de Operações do Corpo de Bombeiros, o major BM Rafael Farias explica que a quantidade de incêndios aumentou “devido à baixa umidade do ar e o aumento da temperatura”. “Apenas neste sábado tivemos 16 chamados”, contabilizou.

As recomendações do bombeiro militar neste período são para que a população não ateie fogo em lixo e terrenos ou jogue bitucas de cigarro em locais em que podem ocorrer incêndios –como matas e fazendas. Em caso de chamas, deve se afastar e acionar a corporação.

“É importante evitar se aproximar ou combater o fogo. Às vezes os bombeiros estão em outras ocorrências e as pessoas acham que pode demorar e, por isso, tentam apagar o fogo. Isso pode causar queimaduras ou acidentes”, destacou o major. Ele lembra que práticas como molhar o entorno de imóveis quando há chamas nas imediações ou a construção de aceiros (prática comum em áreas rurais, que envolve o desbastamento de áreas para evitar o avanço do fogo) só deve ser feitas se puderem ser antecipadas. Do contrário, o recomendado é evacuar os imóveis e chamar o Corpo de Bombeiros.

Para os próximos dias, há a previsão de pancadas de chuvas e trovoadas em Mato Grosso do Sul, acompanhadas de queda nas temperaturas, o que pode favorecer a redução no número de incêndios.

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