Brigadistas controlam fogo no Pantanal do Nabileque, mas terra indígena preocupa
Aeronaves que reforçam combate aos incêndios florestais estão no estado vizinho, onde situação se agravou
Mato Grosso do Sul já soma 2.105 focos de incêndios florestais só em agosto, quase dois terços deles (64,9%) em Corumbá, com 1.367 pontos de calor este mês. Relatos de hoje (27) dão conta de que brigadistas do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) controlaram as queimadas na região do Pantanal do Nabileque, mas a situação na Terra Indígena Kadiwéu ainda preocupa.
A região do Nabileque fica mais ao sul de Corumbá e se estende até Porto Murtinho e Miranda. Segundo o coordenador estadual do Prevfogo, Márcio Yulle, 12 brigadistas atuam na área e os focos foram extintos.
No território kadiwéu, localizado em Porto Murtinho, são 30 brigadistas indígenas em ação. O fogo na região ainda não foi exterminado, conforme Yulle.
O Corpo de Bombeiros também reforça o combate aos incêndios nos municípios pantaneiros.
As aeronaves que compõem a Operação Pantanal 2 estão em Mato Grosso neste momento, onde os incêndios se agravaram.
O tempo seco e a falta de chuvas trabalham contra Prevfogo e militares. Conforme o Cemtec (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul), não há expectativa de chuva para o Estado até 10 de setembro.
A umidade relativa do ar pode ficar abaixo dos 12%, hoje (27), em municípios das regiões norte e nordeste de Mato Grosso do Sul. Todo o território estadual está sob alerta do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) para tempo seco.