Em 1 ano, PMA captura 1,7 mil animais silvestres em área urbana do estado
Aumento foi de 25% em relação a 2016. Resgates vão de bichos em piscinas a motores de veículos.
Em todo ano passado, 1.742 animais silvestres foram capturados pela Polícia Militar Ambiental nos perímetros urbanos de Mato Grosso do Sul. O aumento foi de 25% em relação ao período anterior e representa uma média de 5 resgates diários, sendo a maioria de aves.
Somente em janeiro deste ano, foram capturados 203 animais, cerca de 6,54 resgates por dia. Um dos mais recentes foi registrado na semana passada, quando uma onça-parda causou grande alvoroço ao procurar abrigo em um pé de jaca, no município de Dourados.
De acordo com levantamento da corporação, os animais são resgatados em árvores, quintais e também em lugares inusitados.
“Já encontramos anta em piscina, capivara em armários, em fossas, jacarés em lagoas de tratamento de indústria, gambá em máquina de lavar, serpentes e lagartos em motores e no interior de veículos, tamanduá-bandeira em churrasqueira”, descreve o tenente-coronel, Edmilson Queiroz.
Na Capital, foram capturados 823 animais em 2016 e 824 em 2017, uma média de 2,25 capturas por dia. Em janeiro deste ano, foram 88 resgates, o que equivale a 2,83 ao dia.
A captura de animais silvestres é realizada pela PMA há 31 anos. A maioria é encaminhada ao Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), localizado na Capital. Dependendo das condições dos bichos, eles são soltos na natureza após avaliação de médicos veterinários e biólogos.
Resgates - A corporação disponibiliza total de 20 equipes e 20 viaturas voltadas às capturas de animais às subunidades de Mato Grosso do Sul. Por isso, muitas vezes, a PMA é criticada pela demora no atendimento.
“Mas a orientação é sempre entrar em contato com nossas unidades, em casos de surgimento de animais silvestres no perímetro urbano. É importante evitar a aproximação se houver situação de risco, envolvendo grandes mamíferos e animais peçonhentos”, ressalta Queiroz.
A PMA realiza trabalhos preventivos, difundindo informações sobre legislação e educação ambiental com o objetivo de combater o tráfico de animais, principalmente em propriedades rurais.
Os municípios mais críticos são Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina, Brasilândia, Naviraí e Mundo Novo.