Em caravana, produtores vão ao DF em defesa da aprovação do Código Florestal
Cerca de 800 produtores seguiram para a capital federal
Cerca de 800 produtores rurais do Mato Grosso do Sul saíram na manhã desta segunda-feira, numa caravana dividida em 15 ônibus, rumo a Brasília (DF), em defesa da aprovação do novo Código Florestal Brasileiro.
Em todo o País, serão cerca de 20 mil produtores rurais e representantes da sociedade civil que estarão em Brasília para a mobilização, amanhã, em frente a Esplanada dos Ministérios a favor da votação do substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) que estabelece nova norma legal para a proteção das florestas.
O Presidente do Sindicato Rural de Rio Negro, Maurício Bonifácio Delalibera, vai viajar cerca de 20h até Brasília para participar do ato. “O que nós queremos é o equilíbrio entre o desenvolvimento e a produção e para isso precisamos nos mobilizar”, ressaltou.
O atual debate em torno da proposta que atualiza o Código Florestal brasileiro divide opiniões e dá abertura a um diálogo que envolve ambientalistas, ruralistas e sociedade civil.
“Estamos tentando dar um caráter científico e prático para essa discussão. Isso vai aproximar ambientalistas e produtores rurais”, declarou o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Eduardo Riedel, segundo informações da assessoria da entidade.
Código - No dia 14 de março, Aldo Rebelo esteve em Campo Grande e proferiu palestra sobre seu projeto. O principal ponto defendido é que as alterações significam o equilíbrio necessário entre o meio ambiente e a agricultura.
“O país não quer renunciar ao meio ambiente e nem a produção. Essa legislação vai poder proteger todas as partes, porque o país depende desses fatores”, frisou, na ocasião.
O relatório do deputado foi aprovado no dia 6 de julho do ano passado, na Comissão Especial do Código Florestal, por 13 votos favoráveis e cinco contrários.
Mas para substituir o atual Código o projeto precisa ser aprovado pela Câmara Federal até 11 de junho, pois o prazo para regularização dos produtores rurais termina no dia 12 de junho, conforme o Decreto 7.029, de dezembro de 2009.
De acordo com o deputado, todos os produtores estão irregulares com as atuais exigências do Código Florestal. “Se for aplicar a lei do jeito que está não escapa ninguém”, garante.
Uma das conseqüências para quem estiver na ilegalidade será a perda do acesso aos programas de crédito rural. Os produtores também poderão ser notificados e multados. "Se o produtor fica na irregularidade os prejuízos serão sentidos por todo o país", destaca.