Votação do novo Código Florestal é um retrocesso, diz Fórum de Meio Ambiente
Outro tema levantado pelo Fórum, instalação de novas usinas nucleares no país
A votação do novo Código Florestal é considerada um retrocesso pela entidade que compõe o Formads – MS (Fórum de Meio Ambiente e Desenvolvimento sustentável de Mato Grosso do Sul). Na avaliação do Fórum as mudanças na legislação ambiental visam atender o agronegócio prejudicando a preservação do meio ambiente.
Segundo Haroldo Borralho, representante do Cedampo (Centro de Documentação e Apoio aos Movimentos Populares) do Fórum, os ambientalistas não são contra o desenvolvimento da economia, desde que não destrua a natureza, que é um bem de todos.
“A mudança no Código Florestal é uma manobra do agronegócio. Visa abrir brechas para detonarem o que ainda resta nas fazendas, ou eximir os proprietários rurais de suas responsabilidades, como é o caso da anistia”, afirma.
Para o Formads, o novo projeto mostra o quanto o parlamento brasileiro é movido pela pressão dos interesses puramente econômicos, em que se dá atenção ao imediato e ao lucro do proprietário rural.
O Senado Federal começa a discutir o projeto de lei de atualização do código. Estão sendo realizadas em Brasília, uma série de audiências públicas promovidas pelas comissões de Meio Ambiente e de Agricultura e Reforma Agrária.
O projeto que teve como relator o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), deve ser votado na câmara federal nas próximas semanas.
Usinas nucleares – Outro tema levantado pelo Fórum, diz respeito à instalação de novas usinas nucleares no país, sendo que Mato Grosso do Sul está incluído na relação dos estados onde serão feitos estudos para a possível construção de uma usina.
“O que está acontecendo no Japão, e já aconteceu em outros países, como na Rússia e nos Estados Unidos, mostra o quanto a questão das usinas nucleares é delicada. Por isso estamos pedindo aos parlamentares do estado que se manifestem a respeito”, finaliza.