Em dois meses, Piracema 2020 teve menos prisões que no ano anterior
Balanço parcial mostra que os dois primeiros meses da operação de 2020 registraram 16 prisões a menos que em 2019
O balanço de dois meses da Piracema divulgado pela PMA (Policia Militar Ambiental) hoje (4), mostra que a operação de 2020/2021 teve menos prisões que no mesmo período em 2019/2020. O período de defeso começou em novembro de 2020 e termina no dia 28 de fevereiro de 2021.
Conforme o balanço o primeiro mês do período de defeso, destinado à proteção reprodutiva dos peixes, teve o número de prisões idênticos ao ano anterior, no entanto no segundo mês da Piracema houve queda.
Em novembro de 2020 as equipes da PMA prenderam 10 pessoas e no mês de dezembro foram seis presos. Totalizando 16 prisões até o momento. Em 2019 os dois primeiros meses da operação levaram 32 pescadores à prisão.
O balanço também mostra que houve queda na quantidade de pescado apreendido. No ano anterior as equipes apreenderam 369 Kg, já neste ano foram 210 Kg, sendo 65% das apreensões em novembro.
Em nota a PMA também destaca que o número de petrechos apreendidos este ano foi menor que em 2019. Ao todo foram pegas em 2020 52 redes de pesca, sendo 43 a menos que no ano anterior.
Multas – Já sobre as multas em 2020 houve aumento nos valores em relação a 2019. Este ano, nos dois primeiros meses da Piracema foram aplicadas R$ 52 mil em punições, R$ 6,6 mil a menos quem no ano anterior
“Os números foram próximos, apesar de bem menos pessoas autuadas até este segundo mês, devido a alguns infratores que foram multados em valores maiores, por terem fugido, ou divulgado a pescaria ilegal em redes sociais, o que seria um incentivo ao crime’, diz a PMA em nota.
Sem controle – Durante a operação, a PMA também autuou uma peixaria por falta de declaração do estoque. O fato apesar de não ser crime resultou em 18 quilos de pescado, capturados durante a Piracema, apreendidos.
Além de uma pescadora profissional que também foi autuada e teve 187 quilos de pescado apreendidos, pelo mesmo motivo.
Crime ambiental – A PMA ressalta que as pessoas autuadas e presas responderão a processo criminal e podem, em caso de condenação, pegar pena de um a três anos de prisão. Além de serem multadas administrativamente entre R$ 700,00 a R$ 100.000,00, mais R$ 20,00 por quilo do pescado irregular.