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Meio Ambiente

Governo estuda força-tarefa e linha de crédito para preservar Rio Taquari

Caroline Maldonado | 27/08/2015 12:11
Pesquisadores da Embrapa Pantanal falaram da situação da bacia em reunião com secretários (Foto: Divulgação/Semade)
Pesquisadores da Embrapa Pantanal falaram da situação da bacia em reunião com secretários (Foto: Divulgação/Semade)

O assoreamento do Rio Taquari é alvo de um plano do Governo do Estado que envolve várias secretarias, entidades representativas do agronegócio e pretende oferecer linhas de financiamento e crédito para produtores que trabalharem na produção sustentável para conter a degradação da bacia.

Os primeiros passos do programa foram discutidos em reunião, na terça-feira (25), entre pesquisadores da Embrapa Pantanal, representantes do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Sepaf (Secretaria de Produção e Agricultura Familiar), Secretaria de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente de São Gabriel do Oeste, Cointa (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Taquari), de Coxim e da Semade (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico).

A ideia é elaborar um conjunto de ações a curto, médio e longo prazo para apontar soluções para o problema do assoreamento, segundo o titular da Semade, Jaime Elias Verruck. Para funcionar, no entanto, o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Taquari terá que contar com apoio de todas essas instituições e empenho dos pecuaristas da região.

“Sem a participação dos sindicatos rurais, não vamos conseguir resolver a situação da região. Os produtores precisam assimilar e investir em modos de produção mais rentáveis e que contribuem efetivamente na solução. E nós, no governo, temos de apresentar estratégias, linhas de financiamento e crédito para isso”, comentou Jaime.

O secretário disse que vai buscar parcerias e modelos junto ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), MPF (Ministério Público Federal) e outros órgãos.

Durante a reunião, o diretor de Licenciamento do Imasul, Ricardo Eboli lembrou que é importante, sobretudo, que os produtores realizem o CAR (Cadastro Ambiental Rural) até 5 de maio de 2016. “Nós acreditamos que assim que finalizarmos o CAR, por meio das imagens que devem ser informadas no cadastro, o Imasul terá um importante instrumento para nos auxiliar a mapear as áreas prioritárias”, disse.

Bacia – O Rio Taquari é afluente do Rio Paraguai, cujas nascentes estão na Serra do Caiapó, próximo a cidade de Alto Taquari, em Mato Grosso. A bacia é classificada em três partes. São elas, Alto Taquari, que vai das nascentes até a cidade de Coxim, confluência com o rio Coxim; Médio Taquari, da cidade de Coxim, numa extensão de 335 km, até Porto Rolon e o Baixo Taquari, que vai de Porto Rolon, numa extensão de 100 km, até a foz no rio Paraguai, próximo ao Porto da Manga.

Sete microbacias do Taquari foram alvo de projeto da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), desenvolvido em 2014, por meio de recursos repassados pela ANA (Agência Nacional das Águas). As técnicas amenizaram a situação, mas não resolveram a degradação em toda a bacia.

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