Instituto Senai de MS apresenta projetos para economia de baixo carbono na COP29
Projetos de MS foram exibidos no estande da CNI, que destacou o Brasil como protagonista em descarbonização
O ISI Biomassa (Instituto Senai de Inovação em Biomassa), de Três Lagoas, a 327 km de Campo Grande, apresentou quatro projetos de pesquisa voltados para a transição energética e a economia de baixo carbono durante a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP29. O evento ocorre de 11 a 29 de novembro, em Baku, no Azerbaijão.
Os projetos foram apresentados no estande da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que promove o protagonismo da indústria brasileira no desenvolvimento de tecnologias para a descarbonização. As discussões também giram em torno da transição para uma economia de baixo carbono, com destaque para o papel da inovação e da tecnologia.
Segundo o diretor do ISI Biomassa, João Gabriel Marini, a participação na COP29 ressalta a relevância das pesquisas aplicadas pela instituição. “É muito gratificante saber que o ISI Biomassa está contribuindo com projetos alinhados com as temáticas prioritárias para minimizar os impactos das mudanças climáticas e poder apresentá-los em um evento tão relevante”, afirmou.
Entre as iniciativas do ISI Biomassa estão projetos de novos biocombustíveis derivados de resíduos agrícolas e plantas aquáticas, conversão de gases de efeito estufa em produtos renováveis e um inseticida de biomassa vegetal. Essas soluções são desenvolvidas em colaboração com empresas do setor, alinhando-se com as diretrizes da CNI para a neutralidade de emissões de carbono.
A CNI escolheu 30 projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P&D+I) para exibição na COP29, em parceria com 28 Institutos Senai de Inovação e mais de 20 empresas. “Os projetos dividem-se em transição energética, descarbonização, economia circular e bioeconomia, áreas essenciais para que o Brasil alcance a neutralidade de carbono”, explicou Gustavo Leal, diretor-geral do Senai.
Durante a COP29, além de apresentar tecnologias de descarbonização, a CNI advoga pela criação de um mercado global de carbono e pelo financiamento climático internacional. As soluções sustentáveis do ISI Biomassa refletem esse compromisso, destacando o Brasil como um polo emergente de inovação na luta contra as mudanças climáticas.
Projetos – O ISI Biomassa, de MS, apresentou quatro projetos de energia limpa. Um deles é o Macrofuel, desenvolvido em parceria com a CTG Brasil e com apoio da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
O projeto Macrofuel propõe a substituição de combustíveis fósseis por alternativas limpas. A solução é um biocombustível similar ao diesel, produzido a partir de óleo pirolítico de plantas aquáticas, oferecendo uma alternativa renovável para a matriz energética.
Outro projeto do ISI Biomassa é o BPELLET, um biocombustível sólido de alto desempenho criado em colaboração com a Amêndoas do Brasil e com suporte da Embrapii. Ele é produzido a partir de subprodutos do processamento de castanha de caju e biomassas residuais da agroindústria, contribuindo para a destinação sustentável de resíduos e ampliando o uso de fontes renováveis de energia.
Também foi apresentado o projeto Tupã, desenvolvido pelo ISI Biomassa em parceria com a GALP e o LIPCAT/UFRJ (Laboratório de Intensificação de Processos e Catálise da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
O projeto Tupã criou um sistema de célula-reator protótipo capaz de converter dióxido de carbono (CO₂) e metano (CH₄) em combustíveis e químicos renováveis. O processo utiliza energia renovável e busca mitigar os impactos das emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para uma produção de petróleo e gás mais sustentável. A iniciativa conta com apoio da Embrapii e da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Por fim, foi apresentado o Nullifly, um inseticida de origem vegetal, sustentável e biodegradável, que foi desenvolvido em parceria com a startup PRZ Ltda. O produto combate a mosca-branca, uma das pragas mais prejudiciais à agricultura brasileira, reduzindo custos e os impactos ambientais associados aos inseticidas químicos. O projeto recebeu apoio da Embrapii e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
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