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Meio Ambiente

Projeto de MS fala sobre diminuição de gás carbônico na produção agrícola COP 29

Instituto Taquari Vivo busca restauração ambiental e desenvolvimento sustentável no Pantanal

Por Kamila Alcântara | 15/11/2024 13:48
Rio Taquari, onde o instituto desenvolve um trabalho de recuperação de áreas degradadas (Foto: Divulgação)
Rio Taquari, onde o instituto desenvolve um trabalho de recuperação de áreas degradadas (Foto: Divulgação)

O instituto sul-mato-grossense Taquari Vivo também falou sobre desenvolvimento sustentável na COP 29 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que acontece até o próximo dia 22 em Baku, no Azerbaijão.

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O Instituto Taquari Vivo participou da COP29 em Baku, Azerbaijão, discutindo desenvolvimento sustentável, mercado de carbono e agropecuária no Mato Grosso do Sul, especialmente em relação às mudanças climáticas no Pantanal. O diretor executivo, Renato Roscoe, destacou a possibilidade de melhorar 100 milhões de hectares de pastagens degradadas, aumentando a produção de alimentos com baixas emissões. A seca prolongada no Pantanal, agravada pelas mudanças climáticas, preocupa, afetando também o Cerrado. O trabalho de recuperação do Rio Taquari serve como modelo para outros projetos de recuperação de áreas degradadas no estado, incluindo a região de Bonito.

Segundo o diretor-executivo do instituto, Renato Roscoe, uma das pautas mais tratadas é o mercado de carbono mundial e a produção agropecuária em Mato Grosso do Sul, principalmente com relação às mudanças climáticas no Pantanal.

“O Brasil tem exemplos muito bons, como plantio direto, integração lavoura pecuária e tem oportunidade de crescer muito ainda porque nós temos 100 milhões de hectares de pastagens degradadas, que podem ser melhoradas e incluídas em sistemas de produção mais eficientes. Já produz alimentos com baixas emissões, mas pode produzir muito mais, incorporando essas áreas de pastagem degradadas”, destaca Renato.

A situação do Pantanal foi debatida, já que o bioma enfrenta cinco anos com períodos de seca, mas isso é reflexo de situações em outras regiões hídricas. Alguns modelos indicam que, se as mudanças climáticas continuarem ocorrendo na velocidade atual, a região tende a ficar mais seca.

“Não apenas o Pantanal, mas também todo o entorno, como o Cerrado, que abastece a área com água. Parte da água vem do planalto, e, com a redução das chuvas, a planície pantaneira passa a receber muito menos volume hídrico, o que é bastante preocupante. Estamos vivenciando um período de cinco anos de seca que afeta a região, e o agravamento dessa situação pode ser muito prejudicial para o bioma como um todo. Portanto, essa é a principal preocupação em relação ao Pantanal atualmente”, completa.

Por fim, o trabalho desenvolvido para recuperação do Rio Taquari também foi destaque, pois sendo uma referência de estudos que poderá ser aplicada em outros pontos que sofreram degradação no Estado.

“Uma parceria do Instituto Taquari Vivo com o Prosolo do governo do Estado, nós estamos atuando não só no rio Taquari, como também na região de Bonito, onde estão localizados os rios cênicos. Isso aconteceu porque as técnicas que estamos usando com o Taquari estão servindo de modelo para que possamos fazer ações nessa região de Bonito, que tem uma fragilidade ambiental muito grande”, termina Renato.

A COP29 reunirá, até 22 de novembro, milhares de representantes de países signatários, além de observadores de organizações internacionais, sociedade civil, setor privado e meio acadêmico.

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