Juiz manda que 40 cães resgatados fiquem em lares temporários
A lastimável situação foi descoberta quando um foxhound-americano, que hoje se chama Babão, surgiu perto da MS-040
Liminar ordenou que os 40 cães da raça foxhound americano – encontrados sujos e famintos em fazenda há um ano – fiquem em lares temporários, onde ganharam nome e acolhida.
O pedido à Justiça partiu da Sociedade de Proteção Animal Abrigo dos Bichos e foi deferido pelo juiz da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, Ariovaldo Nantes Corrêa.
“O medo que a ONG e as pessoas tinham é que acontecesse a remoção dos lares. Que os antigos proprietários tentassem pegar de volta. A liminar dá a garantia que não serão retirados dos lares temporários até o processo transitar em julgado”, afirma a advogada Alyne Louíse Borsato Pereira.
A ONG também pediu que os animais pudessem ser castrados, mas o juiz não autorizou por ser medida irreversível.
A lastimável situação dos animais foi descoberta em setembro do ano passado, quando um foxhound-americano, extremamente magro, surgiu em estrada vicinal, perto da MS-040. Hoje, o “sentinela” mora em lar temporário e ganhou o nome de Babão.
Na sequência, os cachorros foram resgatados de canil mantido numa fazenda na MS-040, em Campo Grande. Os bichos estavam amarrados, expostos ao calor, sem água ou alimentação adequada. Além disso, alguns deles estavam em um cubículo repleto de fezes.
No pedido à Justiça, a ONG detalhou que durante o resgate, os animais eram facilmente atraídos com vasilhas de ração, atacadas com voracidade e desespero, o que indicava a falta de comida por longo período.
O fazendeiro responsável pelos animais disse ter ficado surpreso ao ser informado sobre a situação de maus-tratos. Ele adestrava os cães para caça e vendia para todo o Brasil por valores entre R$ 500 e R$ 2 mil.
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