Manejo dos animais atingidos por incêndios é tema de cartilha da WWF
Publicação valoriza o trabalho dos especialistas e orienta até quais os EPIs adequados para os resgates
Para lidar com o resgate dos animais silvestres, vítimas dos incêndios na região pantaneira, o Instituto Ampara Animal e o WWF-Brasil lançam o “Guia de Manejo de Animais Silvestres impactados pelo fogo no Pantanal”. O documento disponibiliza técnicas e ferramentas acessíveis em ações emergenciais sobre como proceder em situações de incêndios.
Entre os principais tópicos abordados no Guia estão à indicação de órgãos de resgate, questões de segurança, avaliação de riscos ambientais, equipamentos necessários para o manejo e sedação de animais, protocolos de resgate, técnicas de manejo específicas para diferentes grupos da fauna, primeiros socorros, transporte seguro de animais resgatados e tratamentos para queimaduras.
“O manejo de fauna pode ser entendido como o conjunto de atividades que envolvem a captura, coleta, abate, transporte, manutenção temporária em cativeiro, translocação e/ou manipulação de indivíduos da fauna silvestre realizadas para uma determinada finalidade”, explica o documento.
Um ponto muito mencionado é a capacitação das pessoas que realizam os resgates. “É importante ressaltar que o manejo de animais silvestres deve ser realizado de acordo com as regulamentações ambientais e legais aplicáveis. A falta de autorização legal pode resultar em infrações graves e punições legais. É fundamental evitar qualquer tentativa de resgate sem o treinamento apropriado, uma vez que lidar com animais selvagens requer habilidades específicas para garantir a segurança de todos os envolvidos. ”, reforça.
As instituições lembram que, além dos incêndios, o bioma enfrenta a expansão agrícola, a pecuária intensiva, a exploração florestal, a mineração, o turismo descontrolado e, ainda, alterações no regime hidrológico devido à construção de infraestrutura como as PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), crimes ambientais como caça ilegal e pesca predatória.
“Mudanças climáticas, exacerbando os períodos de seca e aumentando a frequência e intensidade dos incêndios, representam uma ameaça crítica adicional ao bioma. Só neste ano, o Pantanal já queimou mais que no primeiro semestre de 2020, quando o fogo consumiu 30% do bioma e a tendência é que 2024 seja um ano mais seco do que os anos anteriores”.
Para acessar o “Guia de Manejo de Animais Silvestres impactados pelo fogo no Pantanal” basta clicar aqui.
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