Onça resgatada com queimaduras no Pantanal acorda, mas segue em observação
Animal se refez do sedativo e se alimentou, mas ainda não é possível determinar se a onça continuará viva
A onça-pintada macho resgatada no Pantanal e levada na terça-feira (3) ao Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande, acordou do sedativo e já está se alimentando, mas segue em observação pelo médico veterinário do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) Lucas Cazati.
O animal foi trazido para a Capital na tarde de ontem junto com outra onça-pintada macho, que infelizmente veio a óbito duas horas depois da chegada ao Cras. Não se sabe ainda as causas da morte, mas o corpo passa por exame de necropsia. Já a sobrevivente está em observação e bastante debilitada ainda
Um pouco mais cedo, o veterinário Lucas Gazati divulgou um vídeo onde relatava que o estado do animal ainda é critico. “A onça se apresenta estado crítico, o estado dele não é tão favorável”. Por isso, o animal está passado pelos exames para que a equipe do Cras defina qual o tratamento mais adequado.
E, de acordo com o boletim médico divulgado no início da tarde de hoje (4), o futuro da onça sobrevivente ainda é incerto, já que só será possível afirmar se o animal continuará vivo na quinta-feira (5).
A onça tem aproximadamente dois anos de idade e o maior problema, na avaliação do veterinário, é a grande quantidade de fumaça que inalaram na tentativa de fugir do incêndio.
Caso continue se alimentando e em boas condições, será submetida a novo procedimento para tratar os ferimentos na sexta-feira (6). Mas ontem, foram coletadas amostras de sangue para realização de hemograma para melhor avaliação do quadro clínico dos animais.
Resgate - Segundo o Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal do Pantanal de Mato Grosso do Sul), um dos animais resgatados foi visualizado pela primeira vez no domingo, por brigadistas em MS que se deslocavam para a Serra do Amolar, para onde o fogo que voltou no Parque Nacional do Pantanal do Mato Grosso ameaça avançar.
No momento do resgate, a ideia era encontrar apenas a primeira onça avistada, já que a segunda teria sido “perdida” do monitoramento. Assim, equipe se deslocou à região do Acurizal, onde uma das onças foi encontrada numa casa abandonada e para surpresa, a outra também estava lá.