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Meio Ambiente

Resto de poda e galhos são campeões de descarte no 1º dia de Ecoponto

Moradores da região comemoraram a iniciativa; quem colaborou pôde levar mudas de árvores frutíferas para casa

Por Natália Olliver e Idaicy Solano | 08/04/2024 11:06
Francisco Clemente descartou entulhos nas caçambas de coleta nesta segunda (Foto: Marcos Maluf)
Francisco Clemente descartou entulhos nas caçambas de coleta nesta segunda (Foto: Marcos Maluf)

No primeiro dia de Ecoponto no Jardim Perdizes, não faltaram galhos e restos de podas. O material foi campeão de descartes durante a manhã desta segunda-feira (8). Além disso, televisores e madeiras inutilizadas também foram levadas até o ponto de coleta, na Rua Professor Hilário da Rocha. O serviço é feito para tentar conter os lixões da Capital e conscientizar os moradores sobre o despejo correto dos objetos.

Os coletores estão localizados entre as ruas Querubina Garcia Nogueira e Yoshi Katayama, próximo à associação de moradores. Esse é o primeiro ponto itinerante no local. O serviço está disponível até este sábado (13). Além de ajudar o meio ambiente, cada pessoa pode levar uma muda de árvore frutífera. Entre as espécies estão acerolas, amora, romã e araçá.

Quem comemorou a chegada do ponto foram os residentes que aproveitaram para fazer “a limpa no quintal”. Delmar Rodrigues, de 50 anos, foi um deles. O motorista deixou galhos de árvore e um televisor quebrado nas caçambas de coleta. Ele também levou uma muda de acerola para casa.

Delmar Rodrigues deixou o entulho e levou para casa uma muda de acerola (Foto: Marcos Maluf)
Delmar Rodrigues deixou o entulho e levou para casa uma muda de acerola (Foto: Marcos Maluf)

“Eu acho muito boa, excelente. Faz tempo que a gente precisava de uma iniciativa dessa aqui, né? Eu já estava cuidando da data certa pra vir descartar umas coisas que eu tinha no meu quintal". Ele comenta que o lixo estava parado por falta de um local adequado para o despejo. Para ele, a educação começa em casa, com pequenos atos.

“A gente já tem um costume, eu e minha família, de nem jogar papel de bala pela janela do carro, desde pequeno eu ensinei meu filho sobre isso. Seja um papel de bala ou qualquer outro. Isso começa em casa, nossa educação com o meio ambiente.”

Robson Goulart de Oliveira, 62 anos, é agente de combate de endemias na Capital. Ele mora no bairro há 30 anos. Sem entulho para descartar, mas curioso com a ação, o residente conta que estava no local apenas para conferir o trabalho.

Robson Goulart acompanhou a ação no bairro e comemorou iniciativa (Foto: Marcos Maluf)
Robson Goulart acompanhou a ação no bairro e comemorou iniciativa (Foto: Marcos Maluf)

“Eu acredito que pra nós isso aqui seria de grande valor para conscientização do povo mesmo. Porque a gente precisa saber o que pode ser descartado ou não e onde pode ser descartado. O Ecoponto ele vem pra ajudar, vem pra orientar e educar. Para mim essa é a minha maior satisfação, de ver que realmente vai funcionar.”

Ele ressalta que as pessoas jogam muito lixo em locais inapropriados e que manutenções estão sendo feitas no bairro a cada 20 dias. “Pra ter uma ideia, nós temos agora uma limpeza, está sendo feita aqui pela Sisep [Secretaria Municipal De Infraestrutura E Serviços Públicos], então está sendo feita a limpeza. Mas antigamente aqui era terrível. E se você deixar um pouquinho o mato alto, o povo vem e joga em qualquer lugar”.

Galhos e podas foram material mais descartado no 1º dia de Ecoponto (Foto: Marcos Maluf)
Galhos e podas foram material mais descartado no 1º dia de Ecoponto (Foto: Marcos Maluf)

O aposentado Francisco Clemente de Barros, de 70 anos, levou os entulhos que estavam no quintal para o Ecoponto. Para ele os pontos de coleta deveriam ser fixos ou realizados de maneira mais regular. Ele explica o que faz com o entulho que acumula em casa.

“Eu só jogo as coisas onde é permitido. Eu trabalhei no Ministério da Saúde 35 anos. Servi o quartel. Trabalhei na segurança. Eu sei onde fazer as coisas certas. Graças a Deus, servi o quartel. Quando não tem lugar aí eu coloco uma caçamba. Às vezes é assim, não jogo em qualquer lugar, não.”

Conforme a organização, a iniciativa é para recolher recicláveis, entulho da construção civil, resíduos eletrônicos, móveis inutilizáveis, galhos e podas. Cada pessoa pode descartar até 1 m³ (metro cúbico) por dia. Para os materiais recicláveis não haverá limite para o descarte.

O Ecoponto fixo mais próximo da região do Jardim das Perdizes é o das Moreninhas, que fica a 7,7 quilômetros do bairro, tento a associação de moradores como ponto de partida.

Serviço - Os ecopontos de Campo Grande estão nos seguintes endereços: Rua Sagarana com Avenida José Barbosa Hugo Rodrigues, no Jardim Panamá; Rua Piraputanga, esquina com Rua Guarulhos, no Jardim Noroeste; Rua Pacajus, 194, no Nova Lima; Avenida Roseira, no Bairro União; e na Rua Copaíba, nas Moreninhas.

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